Antigo ciclista da Movistar suspenso até 2027 por violação de regras antidoping

Ciclismo
terça-feira, 28 outubro 2025 a 19:26
ViniciusRangel (2)
O ex-campeão nacional brasileiro Vinicius Rangel Costa foi suspenso por 20 meses pela UCI, após ter acumulado três falhas de localização num período de 12 meses. A sanção impede o ciclista de competir até abril de 2027.
A UCI confirmou a suspenção esta terça-feira, explicando que o atleta de 24 anos violou as regras antidoping por não ter fornecido informações atualizadas de localização para os controlos fora de competição. Segundo o Código Mundial Antidopagem, três falhas desse tipo no espaço de um ano constituem uma violação das normas, mesmo sem qualquer teste positivo.
De acordo com o comunicado oficial, o caso foi “resolvido através de uma aceitação das consequências”, o que significa que Rangel não contestou a acusação. O período de inelegibilidade teve início a 27 de agosto de 2025 e prolonga-se até 26 de abril de 2027. A federação internacional acrescentou que não prestará mais declarações sobre o assunto.

Da Movistar ao regresso a casa

Rangel foi uma das maiores promessas do ciclismo brasileiro da última década. Formado nas equipas de base espanholas, chegou à Movistar Team em 2022 e teve um impacto imediato, conquistando o título nacional de estrada do Brasil nesse mesmo ano. Com essa vitória, tornou-se o primeiro ciclista da Movistar a usar a camisola verde e amarela no pelotão do World Tour.
Apesar de alguns sinais de talento, o seu percurso na formação espanhola terminou em agosto de 2024, quando anunciou o regresso ao Brasil, dizendo querer “desfrutar do desporto de forma diferente”. Pouco depois, assinou pela Swift Pro Cycling, equipa continental brasileira, com o objetivo de reconstruir a carreira num ambiente mais próximo de casa.

Golpe duro para o ciclismo brasileiro

A suspensão surge no momento em que Rangel tentava retomar a forma e a confiança no circuito nacional. Para o ciclismo brasileiro, que tem procurado ganhar espaço no calendário internacional com nomes como Rangel e Nicolas Sessler, trata-se de um revés significativo.
O programa antidoping da UCI é gerido desde 2021 pela Agência Internacional de Testes (ITA), que supervisiona os controlos fora de competição e assegura a conformidade em todas as disciplinas. A federação mantém a responsabilidade pelas sanções, mas o controlo é totalmente independente.
Salvo alterações no processo, Vinicius Rangel poderá regressar à competição em abril de 2027, poucos dias antes de completar 26 anos. Até lá, o antigo campeão nacional ficará afastado do pelotão, numa pausa forçada que interrompe o percurso de uma das figuras emergentes do ciclismo sul-americano.
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