O Gran Premio Castellón foi a segunda clássica espanhola de 2025. Um dia depois do Camp de Morvedre, ganho por Urko Berrade, um pelotão com nomes mais sonantes procurava a vitória.
Não se esperava que o percurso fosse demasiado exigente. O próprio organizador da prova, em declarações ao CiclismoAtual, disse-nos que tinham decidido não tornar o GP Castellón demasiado difícil porque, nesta fase inicial do ano, é isso que atrai mais e melhores ciclistas.
Com isto, podia-se prever que a chegada seria decidida por um sprint. No entanto, apesar do pelotão ter tentado até ao último momento, a vitória foi para António Morgado da UAE Team Emirates - XRG. O nosso bigode voador resistiu às investidas do pelotão depois de ter entrado num grupo de 6 que atacou no final da passagem de Collado de Ayódar.
Quanto à corrida propriamente dita, o Gran Premio Castellón começou com uma queda prematura de Lorenzo Milesi da Movistar Team. O italiano foi ao chão juntamente com Torstein Traeen (Bahrain Victorious). Simultaneamente, Carlos García Pierna entrou em cena para formar a fuga do dia a 160 quilómetros do fim.
Gradualmente a fuga foi ganhando cada vez mais homens, acabando por se consolidar com 8 ciclistas a 125 km da meta, entre os quais tinhamos Harrison Wood, da Sabgal. A 100 km do fim, a vantagem aumentava para mais de 2 minutos.
A fuga manteve a vantagem de 2 minutos durante muitos quilómetros. A 60 quilómetros da meta a vantagem descia dos dois minutos, mas a frente da corrida parecia ter a corrida controlada.
A corrida entrou nos últimos 50 quilómetros com o pelotão a rodar a um ritmo muito constante, diminuindo a diferença rapidamente. Parecia que na passagem de Collado de Ayódar, antes da meta, os 8 fugitivos iam ser neutralizados.
O relaxamento excessivo do pelotão fez com que a vantagem da fuga voltasse a aumentar para 2 minutos e 15 segundos a 40 km do fim. Mas nada de muito preocupante. Apesar de ter ganho tempo a fuga perdia um elemento, Sergio Trueba.
A 30 kms do fim o pelotão finalmente parece ter acordado. A vantagem dos fugitivos foi baixando e em Collado de Ayódar, a 15 km da meta, acabava o sonho. Isto abriu a possibilidade de ataques de ciclistas como Matej Mohoric em busca da vitória.
No último quilómetro da subida, a tensão estava ao rubro. Torstein Traeen foi ao chão quando estava na liderança. Alessandro Covi da UAE Team Emirates, atacou a 10 quilómetros do fim, levando com ele cinco ciclistas, Davide Formolo, Antonio Morgado, Clement Champoussin, Christian Scaroni e Eric Antonio Fagúndez.
A 5 km do fim, a diferença entre este grupo e o pelotão era de 18 segundos. Tudo estava em aberto. Apesar de o pelotão ter pressionado até ao fim, António Morgado teve um desempenho espetacular nos últimos quilómetros. Acelerando no último quilómetro, conseguiu obter uma vantagem suficiente para que nem o pelotão nem o resto do grupo que o seguia o conseguissem apanhar. Enorme vitória do "bigode voador", que se estreia em 2025 com uma vitória. Eric Fagundez foi segundo e Clément Champoussin terceiro.
1 | MORGADO António | UAE Team Emirates - XRG | 3:59:14 |
2 | FAGÚNDEZ Eric Antonio | Burgos Burpellet BH | ,, |
3 | CHAMPOUSSIN Clément | XDS Astana Team | ,, |
4 | COVI Alessandro | UAE Team Emirates - XRG | ,, |
5 | SCARONI Christian | XDS Astana Team | ,, |
6 | GOVEKAR Matevž | Bahrain - Victorious | ,, |
7 | FORMOLO Davide | Movistar Team | ,, |
8 | TEUNISSEN Mike | XDS Astana Team | ,, |
9 | DUJARDIN Sandy | Team TotalEnergies | ,, |
10 | BIERMANS Jenthe | Arkéa - B&B Hotels | ,, |