A União Ciclista Internacional (UCI) anunciou a suspensão provisória de
António Carvalho, da
Feirense - Beeceler, na sequência de anomalias detetadas no seu Passaporte Biológico de Atleta referentes aos anos de 2018 ( W52 - FCPorto), 2023 e 2024 ( ABTF Betão - Feirense)
De acordo
com o comunicado da UCI, a decisão foi tomada ao abrigo das suas Regras Antidoping, depois de terem sido identificadas irregularidades nos dados biológicos do ciclista. A entidade máxima do ciclismo sublinha que não fará mais comentários enquanto o processo disciplinar estiver em curso.
O Passaporte Biológico de Atleta (ABP) é um registo eletrónico individual que compila os resultados de todos os controlos antidopagem realizados a um ciclista ao longo do tempo. Em vez de detetar substâncias específicas, o ABP analisa parâmetros biológicos que podem indicar manipulações ou uso de métodos proibidos.
O programa é gerido pela Agência Internacional de Testes (ITA), entidade independente à qual a UCI delegou o controlo antidopagem, mantendo, contudo, a responsabilidade pela gestão dos resultados e pela condução dos processos disciplinares. O sistema é supervisionado em colaboração com a Unidade de Gestão do Passaporte de Atleta (APMU), sediada em Lausana, na Suíça, e associada ao Laboratório Acreditado pela Agência Mundial Antidopagem (WADA).
Casos relacionados com o passaporte biológico são conduzidos com base na avaliação de um painel independente de peritos da APMU, que determina se as anomalias observadas constituem violação das regras antidopagem.
A suspensão do ciclista de 36 anos representa mais um episódio sensível na luta contra o doping dentro do pelotão português, num momento em que a UCI reforça a vigilância sobre o histórico biológico dos ciclistas ao longo das suas carreiras.
*Foto: João Fonseca