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Volta a Itália 2025 atinge este domingo um dos dias mais decisivos da sua primeira metade. A 9.ª etapa, com chegada a Siena, incorpora longos setores de sterrato e representa uma ameaça concreta para os homens da classificação geral. Entre todos, ninguém tem falado tanto desta etapa como
Juan Ayuso, que reconhece o risco e as oportunidades que se escondem nas estradas brancas da Toscana.
O jovem espanhol da UAE Team Emirates XRG parte para o dia a apenas três segundos de Primoz Roglic, numa luta apertada pela camisola rosa. Apesar dos ganhos marginais obtidos nas duas últimas etapas, Ayuso sabe que o que realmente poderá mudar o rumo da corrida é o desempenho neste terreno acidentado.
"Hoje será fundamental entrar bem posicionado no primeiro setor", destacou em declarações ao
Cycling Pro Net. A gestão de posição no pelotão será determinante, não apenas para evitar cortes, mas para minimizar os riscos de queda ou incidentes mecânicos.
Juan Ayuso está a apenas 3 segundos de Primoz Roglic no Giro d'Italia
Para Ayuso, os dois últimos setores de gravilha serão os pontos mais críticos do percurso: "Especialmente as duas últimas secções são as mais complicadas. Acho que a corrida vai ser feita aí. Esperemos estar na frente e passá-la sem problemas."
A abordagem da UAE será claramente ofensiva, aproveitando o forte bloco que rodeia Ayuso, com nomes como McNulty, Del Toro e Yates. “Hoje é uma etapa em que ou se perde ou se ganha. Se estivermos na frente, haverão rivais na classificação geral que vão perder tempo de certeza, por isso é que é tão importante. Porque é a única forma de fazer a diferença", explicou o líder espanhol, consciente de que esta jornada pode provocar mais danos do que algumas das chegadas em altitude.
Questionado sobre conselhos recebidos de Tadej Pogacar, mestre consagrado neste tipo de terreno, Ayuso foi pragmático: "Não falei com ele. Para ele é mais fácil do que para os outros. Portanto, é diferente para todos. Vou tentar sobreviver e, como disse, chegar à frente para não perder tempo."
À partida, a expectativa é de caos e selecção natural. A 9.ª etapa poderá não atribuir minutos decisivos na classificação geral, mas promete deixar marcas profundas no moral e no físico de quem sonha com a camisola rosa em Roma.