Romain Bardet entrou nos últimos meses da sua carreira, mas o francês não está disposto a passar despercebido. Aos 33 anos, o veterano da
Team Picnic PostNL procura uma última vitória antes de pendurar a bicicleta — e espera que a
Volta aos Alpes possa ser o palco ideal.
Na etapa inaugural em San Lorenzo Dorsino, Bardet voltou à competição após mais de dois meses de ausência em corridas por etapas e terminou num respeitável 8.º lugar, logo atrás do seu colega Max Poole, que foi 4.º. O dia foi vencido por Giulio Ciccone, num final em subida que começou a dar forma à geral.
"Para o primeiro dia de regresso, é bastante bom", comentou Bardet ao
Cyclingnews. "Fiquei satisfeito por estar na frente com o Max, embora me tenha faltado um pouco de força. Foi uma chegada explosiva e exigente, especialmente para quem não corre desde meados de fevereiro."
Apesar da falta de ritmo competitivo, o francês mostrou-se otimista. "Acredito que posso melhorar à medida que a semana avança. Há ainda quatro etapas muito duras pela frente."
Últimas corridas com ambição
Sem vitórias desde a sua memorável etapa na Volta a França de 2024, Bardet procura, na Volta aos Alpes, uma despedida condizente com a sua carreira. Além da motivação pessoal, há também a necessidade coletiva: a Picnic–PostNL precisa de pontos UCI para manter o estatuto e continuar a rivalizar com equipas como a XDS Astana e a Uno-X Mobility.
No site da equipa, Bardet expressou em maior detalhe o que sentiu neste regresso: "Estou muito feliz por voltar a competir. Sinto que a minha temporada começa verdadeiramente agora. A chegada foi muito disputada, mas conseguimos estar bem posicionados. Foi difícil estar num final tão exigente depois de tanto tempo sem correr, mas é um bom primeiro passo."
Com um bloco sólido e um Bardet motivado, a formação holandesa mostra-se como um candidato sério ao pódio final. Para já, os sinais são positivos — e Bardet, mesmo no ocaso da carreira, ainda tem cartas para jogar.