Ben Swift entrou este ano na sua 14ª temporada ao serviço da INEOS Grenadiers, mas mal consegue reconhecer as mudanças que a equipa outrora apelidada como "The Imperium" sofreu nos últimos anos. Passou de uma equipa cujo único objetivo era ganhar a Volta à França, para uma equipa onde os sprinters, os ciclistas das clássicas e até os homens para as fugas são bem vindos...
"Muito emocionante", disse à Cyclingnews sobre a época que se aproxima. A ambição de Swift é nada mais nada menos do que ser selecionado para a Volta a França novamente. "Estou a pensar novamente nas clássicas. Seja como for, estou perto do final da minha carreira. Poderá ser o meu último ano, poderá não ser, mas continuo a gostar disto. Por isso, gostaria de voltar ao Tour, mas é óbvio que é difícil entrar nesta equipa. Veremos".
Swift passou a maior parte da sua carreira com a Sky/INEOS, mas só recentemente encontrou o verdadeiro prazer de correr para a equipa, uma vez que a atenção da equipa se desviou das classificações gerais nas Grandes Voltas e favorece mais os ciclistas de ataque ou mesmo os homens rápidos (como o próprio Swift). O que poderia Swift ter conseguido se tivesse tido esse apoio da equipa há cerca de 10 anos atrás...
Mas ele não vive de memórias ou do passado e tenta desfrutar da actual fase da equipa britânica: "Estou a gostar muito disto", diz. "Penso que o que provei no Giro nos últimos quatro ou cinco anos, é que eles sabem do que eu sou capaz. Seria bom mudar um pouco, mas o que quer que a equipa queira, no final do dia, estou aqui para dar o meu melhor em todas as corridas."
A INEOS Grenadiers esteve em segundo plano durante a maior parte da janela de transferências. O nome mais badalado contratado pela equipa foi o campeão mundial de sub-23 de 2023, Axel Laurance, até a equipa contratar Caleb Ewan ex- Jayco AlUla em meados de janeiro. À primeira vista, essa transferência não faria muito sentido, mas Swift acredita que a estrutura de apoio para um sprinter forte já existe na INEOS e que Ewan pode dar muitas vitórias á equipa no futuro.
"Penso que o que se viu no Tour Down Under foi que estávamos a fazer um trabalho muito bom, mas faltava-nos um sprinter puro", disse Swift. "Eu e o Sam [Watson] gostámos dos sprints, gostámos de nos envolver nos sprints, mas somos sempre um bocado limitados em comparação com os verdadeiros sprinters puros. Por isso ter o Caleb atrás de nós deverá abrir mais portas para a equipa e conseguir mais vitórias para a equipa."
Talvez tenha sido a transferência para a INEOS que Ewan, que tem no palmarés 11 vitórias em Grandes Voltas, precisa para voltar ao topo? "Penso que ele também passou por um mau bocado e acho que vai precisar disto. E a forma como temos andado na bicicleta e fora dela... divertimo-nos muito aqui e acho que a equipa tem uma união muito forte e ele irá adaptar-se facilmente."