Daniel Martínez ocupa o segundo lugar na classificação geral após as montanhas da primeira semana. A
BORA - hansgrohe teve
Max Schachmann a apoiar o colombiano em Prati di Tivo, mas o alemão admite que, apesar de estar em segundo lugar, a equipa não está a pensar na vitória;
Schachmann passou algum tempo à frente do pelotão na subida final, e explica: "A tática era mesmo essa. Honestamente, vimos o 'G' [Geraint Thomas, ed.] a sofrer ontem. Sabíamos que o 'G' costuma melhorar no final e ontem teve dificuldades, por isso pensámos que, se ele tem as pernas fracas, talvez seja o dia de hoje para colocar mais tempo entre o Dani e ele", explica Schachmann em palavras à GCN. Desculpa 'G', gosto de ti!", brincou.
Era essa a tática, mas acabou por não dar grandes frutos. Dois segundos na estrada e seis nas bonificações fizeram com que Martínez aumentasse ligeiramente a sua diferença para o líder da INEOS Grenadiers, mas não foi nada de significativo. A BORA correu contra a INEOS e isso define a atual batalha atrás de
Tadej Pogacar pelo pódio e pelo Top10. "A corrida contra o Pogi é um pouco disparatada", admite o corredor alemão.
"Sei que esta atitude desilude as pessoas. Às vezes, leio: 'não querem trabalhar, nem sequer tentam', mas as pessoas mudam connosco, o que ele faz é de outro nível. É impressionante, as pessoas não compreendem, por vezes parecemos palhaços", acrescenta Schachmann com uma honestidade brutal. "É claro que temos um olho, mas enquanto ele não mostrar dificuldades, não faz sentido. Se um dia ele tiver dificuldades, é claro que vamos embora, mas não estou a ver isso a acontecer. Nunca se sabe".
A BORA está a fazer uma corrida muito forte, com Martínez a surpreender na primeira semana de corrida ao recuperar a sua melhor forma. A equipa perdeu Florian Lipowitz - um ciclista de apoio crucial para as montanhas - no entanto, após 8 dias de corrida, o balanço é positivo;
"A maglia rosa está lá e não está escrito, ainda não está gravado que o Tadej a vai levar para Roma. Penso que, para se ser bem sucedido, é preciso levantar-se todas as manhãs e acreditar que se pode tirar-lhe o título, e penso que é isso que estamos a fazer", concluiu.