Sir Bradley Wiggins is moving Forward. 🙏🏼 In the latest episode of The Forward, @SirWiggo sits down with @lancearmstrong to set the record straight. Watch the full episode here: youtu.be/GpUtj5VQQE8
Bradley Wiggins abre o jogo sobre a forma como foi à falência: "Havia muito dinheiro a fluir da empresa principal para as outras..."
Ciclismodomingo, 11 agosto 2024 a 22:00
Um dos maiores nomes da história do ciclismo britânico, Sir Bradley Wiggins, estava no topo do mundo, tendo ganho a Volta à França e o ouro olímpico nos Jogos de Londres em 2012. No entanto doze anos depois, o ex-ciclista agora com 44 anos, encontra-se em grandes dificuldades financeiras.
"Uma das coisas de que me arrependo é não ter prestado atenção às minhas finanças quando estava a correr", explica Wiggins em conversa com Lance Armstrong, ao podcast deste. "Estava convencido de que o dinheiro estaria sempre lá. É algo que acontece aos atletas, ganhamos muito e se não prestarmos atenção as pessoas aproveitam-se de nós. Devia ter tido mais cuidado, até porque me encontro nesta situação por causa do caos que se criou e porque isto durou anos, não foi de um dia para o outro."
Tendo-se declarado falido e até alegadamente sem-abrigo, devido às suas questões financeiras, como Wiggins referiu, acredita que terceiros se aproveitaram dele ao longo dos anos. "Tinha três empresas: a que geria os meus direitos de imagem e os meus patrocínios, depois juntei-me à XIX Entertainment em 2014 e eles assinaram acordos com diferentes clubes e empresas, fornecedores de bebidas, etc.", explica o britânico.
Bradley Wiggins, da glória á ruina financeira.
"Depois havia uma terceira empresa, chamada New Cycling Limited, que era a Team Wiggins, que criei para ajudar o programa nacional britânico de ciclismo de pista, especificamente a perseguição por equipas, que era o meu objetivo final para o Rio de Janeiro. Essa empresa nunca deveria ganhar ou perder dinheiro, era apenas para pagar aos ciclistas e gerir o orçamento da equipa", continua. "Havia muito dinheiro a fluir da empresa principal para as outras, para financiar as iniciativas que não estavam a dar dinheiro. Por causa disso as dívidas atingiram quase 1,5 milhões de libras, que foram depois transferidas para mim como diretor da empresa, sem o meu conhecimento, uma vez que eu ainda estava a correr na altura."
Outra questão prende-se com o contrato que Wiggins assinou com a Team Sky. "A Sky sabia que esta situação estava a ocorrer desde o dia em que assinei contrato com eles", diz o pentacampeão olímpico, explicando que, pelo facto de já não estar classificado como "freelancer", mas sim como "empregado", Wiggins teve de pagar anos de impostos em atraso ao fisco britânico. "Alguém deve ter fornecido informações à imprensa e foi daí que surgiu o sensacionalismo em torno desta história. Mas tudo irá ficar bem", conclui Wiggins.
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