Carlos Verona critica o protocolo Covid da Volta a França: "É ridículo usarmos máscaras quando depois estamos em subidas com adeptos a 10 cm de distância a gritarem connosco"

A participar na sua primeira Grande Volta desde que se mudou para a Lidl-Trek durante a recente época baixa, Carlos Verona tem lutado por resultados na Volta a França, mas até agora sem sucesso. Apesar do medo crescente do regresso da Covid ao seio do pelotão, a aplicação do uso de máscaras no pelotão, desagrada ao ciclista espanhol.

"Penso que isto é prejudicial para o ciclismo. Penso que temos de virar a página. É ridículo usar máscaras quando nos Pirinéus fizemos subidas de 15 km com adeptos a dez centímetros de distância de nós e a gritarem connosco, a aplaudirem-nos...", lamenta Verona em conversa com o AS. "Não percebo, não concordo com isto".

Tom Pidcock, estrela dos INEOS Grenadiers, Juan Ayuso, domestique da UAE Team Emirates de Tadej Pogacar, e Michael Morkov, estrela do comboio de Mark Cavendish, estão entre o número crescente de ciclistas que abandonaram a Volta a França de 2024 devido a terem testado positivo para a Covid-19. De acordo com Verona, já é tempo do ciclismo deixar de se preocupar com o coronavírus.

Carlos Verona critica o protocolo Covid da Volta a França: "É ridículo usarmos máscaras quando depois estamos em subidas com adeptos a 10 cm de distância a gritarem connosco"
Juan Ayuso foi dos primeiros homens do pelotão a abandonar a corrida por ter testado positivo à Covid-19

"Se alguém acha que está certo, então está bem, mas temos de virar a página", acrescenta o antigo ciclista da Movistar Team, de 31 anos. "O coronavírus continua presente e fez muitas vítimas naquela altura, mas a situação está mais controlada e temos de começar a normalizar tudo. As máscaras não ajudam em nada".

No que diz respeito à sua própria Volta a França, Verona mantém-se optimista. "A equipa está muito contente comigo e é isso que importa. Não se corre para a televisão ou para agradar aos espetadores, corre-se pelos interesses da equipa. De todos os Tours que já fiz, para mim, sem dúvida, este é aquele em que estou a dar o meu melhor", avalia. "Ajudar o Giulio Ciccone em dias planos, com vento, nas montanhas. Estar numa fuga pode parecer que me faz brilhar mais, mas o apreço da equipa pelo trabalho que faço vale mais do que tudo isso. Estou satisfeito e o que me preocupa é dar 100% até ao fim".

Place comments

666

0 Comments

More comments

You are currently seeing only the comments you are notified about, if you want to see all comments from this post, click the button below.

Show all comments