Um dos principais temas de discussão no outono de 2023 foi a proposta de fusão entre a
Jumbo-Visma e a
Soudal - Quick-Step. O acordo que pretendia juntar duas das equipas mais bem sucedidas do ciclismo acabou por fracassar e
Christian Prudhomme, director da Volta à França, acredita que se chegou ao melhor resultado possível.
"O que me preocupou um bocado foram os rumores sobre a fusão da Jumbo e da Soudal, com Jonas e Remco na mesma equipa", admite Prudhomme em conversa com o AS. "Mas, em vez disso, haverá quatro grandes campeões -
Tadej Pogacar,
Jonas Vingegaard,
Primoz Roglic e
Remco Evenepoel - em quatro equipas diferentes, o que poderá fazer uma Volta a França muito boa."
Nos últimos anos, o Tour de France tem sido uma espécie de corrida de dois cavalos entre Vingegaard e Pogacar, com os dois primeiros degraus do pódio em cada uma das últimas três edições a serem ocupados pela dupla superstar. "Temos a sorte de ter corredores excepcionais, que atacam quando é esperado, mas também quando ninguém imagina, Tadej Pogačar atacou nos Campos Elísios. Ele sabia que não ia ganhar a geral, mas continuava a tentar", reflecte Prudhomme sobre a edição de 2023. "Tivemos uma quinzena de lutas espectaculares entre Pogačar e Vingegaard".
No próximo ano, com a adição de mais potenciais vencedores e o facto de a corrida terminar com um desafiante contrarrelógio em Nice, é justo dizer que Prudhomme está entusiasmado. "Evenepoel disse que se vai estrear na corrida em 2024. O que ele fez na Vuelta foi ótimo: apesar de tudo, ele não desistiu", conclui. "E no passado recente, vimos que um contrarrelógio no final do Tour pode mudar tudo, como em 2020 em La Planche des Belles Filles com Pogačar e Roglič." Será um contrarrelógio difícil, com mais de 30 km de extensão e 700 metros de subida acumulada. É um dia para campeões. Para campeões do Tour de France."
