Christophe Laporte fala sobre o difícil diagnóstico clínico: "Dói-me ficar em casa durante as minhas corridas preferidas"

Ciclismo
terça-feira, 25 março 2025 a 15:10
christophelaporte

A temporada de 2025 ainda não viu Christophe Laporte alinhar à partida de qualquer corrida — e infelizmente, tudo indica que o regresso do francês ainda vai demorar. Aos 32 anos, um dos ciclistas mais fiáveis e versáteis do pelotão continua afastado da competição devido a problemas de saúde que começaram em janeiro.

Em comunicado emitido pela Team Visma | Lease a Bike, Laporte partilhou o ponto de situação: “Dói ter de ficar em casa, em frente à televisão, durante as minhas corridas favoritas. As coisas estão a melhorar, mas ainda estou cansado e tenho de ir com calma.”

Pouco antes de partir para um estágio de altitude no final de janeiro, Laporte começou a sentir-se indisposto. Após exames médicos, foi-lhe diagnosticado o citomegalovírus (CMV) — um vírus da família do herpes, que normalmente permanece adormecido, mas que, em situações de stress físico intenso, pode provocar fadiga prolongada, dores musculares e mal-estar geral. “Não me senti bem antes do estágio, e os testes mostraram que tinha o citomegalovírus.”

Embora comum e muitas vezes inofensivo em pessoas saudáveis, o CMV pode comprometer seriamente o rendimento de um atleta de elite. A recuperação é incerta, e é essa imprevisibilidade que mais afeta o ciclista gaulês: “Tenho de viver um dia de cada vez. O mais aborrecido é não saber quanto tempo demora. Quando se parte um osso, sabe-se mais ou menos o tempo de recuperação. Aqui, isso não acontece, e torna tudo mentalmente difícil.”

Mais um revés na primavera

Laporte falhou assim o arranque das grandes provas do calendário, incluindo aquelas em que normalmente brilha: da Milan-Sanremo à Volta à Flandres, passando por Paris-Roubaix. É o segundo ano consecutivo em que a sua preparação de primavera é comprometida por problemas de saúde — algo que o francês não esconde ser frustrante: “É uma sensação bizarra. Estou muito aborrecido, mas também aceitei a situação. A única coisa que posso fazer agora é descansar e esperar que melhore.”

Mesmo à distância, o campeão europeu de 2023 não deixa de apoiar os colegas da Visma nas clássicas: “Por muito que me custe ver as corridas pela televisão, estarei sempre a torcer por eles. Sou o maior apoiante da equipa.”

Um olho no futuro

Apesar do cenário atual, Laporte mantém uma visão otimista a longo prazo. A temporada ainda está longe de terminada, e há muitos objetivos no horizonte. “A época ainda é longa e há grandes corridas depois das clássicas. No ano passado também perdi a primavera, mas conquistei uma medalha olímpica e venci o Paris-Tours. É nisso que me agarro.”

O arranque de 2025 tem sido difícil para a Visma sem uma das suas peças-chave no bloco das clássicas. Mas Laporte já mostrou que sabe regressar em grande. O pelotão espera-o — e os adeptos também.

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