A Volta à França de 2024 vai começar com força em Itália antes de atravessar o Col du Galibier na etapa 4 e entrar nas fronteiras Francesas. Por este motivo, chegar a meio da corrida e melhorar a forma ao longo da mesma não será uma opção para os candidatos à camisola amarela.
Para a
BORA - hansgrohe, o ciclista da classificação geral deverá ser "Rei" da Jumbo-Visma,
Primoz Roglic. Analisando o perfil da corrida para o site oficial da sua equipa, o Diretor Desportivo da BORA - hansgrohe, Rolf Aldag, pode ver um plano a formar-se para conquistar a vitória.
"Sabemos que o início do Tour é sempre nervoso. Agora, acrescente-se a isso o facto de ser também muito difícil do ponto de vista desportivo", começa por dizer. "Para planear mais especificamente, vamos olhar para as etapas Italianas. Haverá muitas oportunidades em torno do Paris-Nice e do Tirreno-Adriatico na primavera para fazermos o nosso trabalho de casa."
"Não vai ser uma longa espera - a etapa 4 já é difícil. Como ciclista da geral, não basta estar a 90%", continua. "Pode ser um velho ditado, mas aplica-se certamente aqui: neste dia não se pode necessariamente ganhar o Tour, mas pode-se perdê-lo muito cedo. Depois disso, segue-se um vai e vem invulgar. Não se trata de uma típica Volta ``a França no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido contrário. É mais uma troca Alpes-Pirenéus-Alpes" afirma Aldag.
Dois contrarrelógios relativamente longos também representam uma ameaça para qualquer ciclista da geral e, embora Roglic seja bastante competente na disciplina, como já viu no passado, as Grandes Voltas podem ser ganhas e perdidas neste tipo de esforço. "Os contrarrelógios são ambos difíceis. O conhecimento do percurso, a estratégia de ritmo, a escolha do material - tudo se torna muito importante aqui", diz Aldag. "O contrarrelógio final, em particular, é pouco ritmado, com subidas a partir do Mónaco e descidas em Nice. Pode ser uma vantagem o facto de muitos ciclistas viverem lá e conhecerem o percurso."
"A última semana é particularmente exigente e oferece muitas hipóteses de uma decisão preliminar. Se já se tem a oportunidade de ganhar tempo aqui, é melhor aproveitá-la e evitar a decisão no último dia", afirma o Diretor. "O Tour de 2024 tem algumas montanhas extremamente altas. Haverá muitas etapas acima dos 2000 metros. Quem é que se vai dar bem a essa altitude? Não são muitos os ciclistas que conseguem, e é a subida até à marca dos 2000 metros que, muitas vezes, faz a diferença entre os trepadores. Vamos adaptar-nos a isso e os estágios em altitude vão ser ainda mais importantes na nossa preparação" conclui.