Derek Gee sobre o Colle delle Finestre: "Estamos a entrar em território desconhecido"

Ciclismo
sábado, 31 maio 2025 a 13:54
derekgee
A Volta a Itália 2025 tem sido uma viagem de afirmação para Derek Gee, que, depois de um início difícil, foi subindo na classificação geral e está agora na luta por um lugar no pódio, um feito notável para um ciclista de uma equipa fora do World Tour. Agora, o canadiano enfrenta o derradeiro desafio: o mítico Colle delle Finestre.
Na 19.ª etapa, Gee voltou a estar entre os protagonistas, mantendo-se atento aos movimentos dos principais candidatos. No entanto, quando Richard Carapaz e Isaac Del Toro lançaram o seu ataque final, faltou-lhe a explosividade necessária para responder. “Foi como há alguns dias, com os dois a acelerarem e eu sem capacidade de reagir de imediato”, comentou Gee no final da etapa.
Sem cooperação efectiva entre os perseguidores, o canadiano teve de gerir esforços sozinho. “Numa situação destas, é difícil haver colaboração. Cada um corre pelos seus interesses e todas as decisões têm o seu peso”, analisou.
Derek Gee poderá assaltar o pódio?
Derek Gee poderá assaltar o pódio?
Gee acabou por cruzar a meta integrado no principal grupo perseguidor, escapando por pouco a uma queda de Giulio Pellizzari na última curva. “Aquela última curva não era provavelmente o mais ideal para uma chegada em grupo. Estava na roda do Giulio Pellizzari quando ele caiu e quase fui também ao chão. Foi frustrante, mas provavelmente ainda mais para ele”, comentou. “No entanto, deram-nos o mesmo tempo na meta, o que me pareceu a decisão mais correta.”
Com a etapa decisiva deste sábado, Gee mantém a cautela quanto às suas expectativas para o Finestre, uma das montanhas mais duras e emblemáticas do ciclismo mundial. “É uma subida que se adequa ás minhas características? Responderei depois da etapa. Estamos a entrar em território desconhecido. Não se fazem muitas subidas como esta muitas vezes”, refletiu o canadiano.
O desafio do Finestre é brutal: 18,5 quilómetros de extensão, com 9,2% de pendente média e longos trechos em terra batida. Um esforço que ultrapassará uma hora e que pode redefinir a luta pelo pódio. “O facto de ser um esforço de uma hora pode jogar a meu favor, mas a inclinação média de 9% pode não ser. Não sei como o corpo vai reagir. A altitude? Talvez, mas até agora não tenho sinais claros de que vá ser um problema para mim. Está tudo em aberto.”
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