Director Desportivo da Decathlon lamenta a perda de O'Connor: "A saída do Ben foi difícil de aceitar, ele fez uma época fantástica"

Depois de quatro épocas a correr pela Decathlon AG2R La Mondiale Team, Ben O'Connor saiu para a Team Jayco AlUla. Tendo terminado em 4º lugar na Volta a Italia e em 2º na Volta a Espanha em 2024, a equipa francesa admite que a saída do australiano é uma grande perda para eles.

"Penso que temos muitas coisas positivas na equipa. A solução é continuar a aproveitar a dinâmica de 2024. Temos um grupo muito homogéneo, com muitos jovens que vão continuar a dar cartas. Se começarmos bem a temporada, podemos ter algumas surpresas para 2025", avalia o chefe de equipa Julien Jurdie ao Cyclism'Actu. "Faz parte da vida, faz parte dos problemas que todas as equipas atravessam. É verdade que a saída do Ben foi difícil de aceitar, ele fez uma época fantástica. Mas cabe-nos a nós reinventarmo-nos e trabalharmos bem em conjunto. Esta osmose deve permitir-nos elevar o nosso nível, temos tudo o que precisamos para ter sucesso."

Sendo uma das principais equipas francesas, a Volta a França está obviamente no centro dos pensamentos de Jurdie e de toda a equipa Decathlon AG2R La Mondiale. Anteriormente, O'Connor tinha sido o principal homem da equipa para as Grandes Voltas, terminando em 4º lugar no Tour de 2021. Olhando para o futuro, porém, na ausência de O'Connor, Jurdie espera que Felix Gall possa dar cartas.

"Todos os anos, o Tour ocupa um grande espaço na mente de todos", admite. "A Grande Partida de Lille vai ser excepcional em termos de público e, claro, para os nossos patrocinadores. Teremos um pouco mais de pressão que nos deverá levar a fazer grandes coisas. Estou convencido de que vamos encontrar uma equipa Decathlon AG2R La Mondiale muito agressiva no Tour 2025, com o objetivo de levar bem o Felix Gall na classificação geral e nas etapas."

Mas isso não significa que a Volta a França seja o único objetivo para o próximo ano... "Quero arriscar e dizer a Paris-Roubaix. Os nossos patrocinadores estão sediados em Lille, a chegada é em Roubaix. Contratámos um ciclista como o Stefan Bissegger, o Oliver Naesen encontrou uma segunda juventude no ano passado... Seria um piscar de olhos soberbo. Quero colocar esta pequena pressão para 2025. Sinceramente, penso que é melhor ganhar a Paris-Roubaix do que uma etapa da Volta a França, pois continua a ser um Monumento e seguramente a corrida mais publicitada depois da Volta", conclui Jurdie.

Leia também

Eddy Merckx encontra-se hospitalizado e vai ser operado, após acidente de bicicleta

A Soudal - Quick-Step está em Calpe ainda sem Remco: "Uma oportunidade para os nossos ciclistas e equipa criarem laços"