Diretor da Volta a Espanha tenta convencer Pogacar e Vingegaard a alinharem na edição de 2025: "A euforia contra a fome de vingança"

Ciclismo
terça-feira, 24 junho 2025 a 12:03
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Dentro de semanas, Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard vão voltar a medir forças na Volta a França de 2025, escrevendo talvez o derradeiro capítulo da sua rivalidade mais icónica. Mas poderá esse confronto ter uma segunda parte ainda este ano? A hipótese de vermos os dois monstros das Grandes Voltas também frente a frente na Volta a Espanha é cada vez mais real e Javier Guillén não esconde que esse é o seu grande desejo.
O diretor da Vuelta continua a cortejar abertamente os dois ciclistas mais dominantes da última década, revelando em entrevista ao jornal AS que está a fazer tudo para tornar possível esse cenário de sonho. "Neste momento, temos uma verdadeira lenda viva em Tadej Pogacar", afirmou Guillén, rendido ao esloveno. "É inspirador ouvi-lo falar dos Mundiais, da Milan-Sanremo… e ele tem claramente no horizonte o objetivo de conquistar as três Grandes Voltas. Se Eddy Merckx ganhou as três, então ele também deve ganhar."
Apesar de já terem competido na Vuelta, Pogacar e Vingegaard nunca se defrontaram diretamente na corrida espanhola. Pogacar foi terceiro em 2019, com apenas 20 anos, e Vingegaard subiu ao pódio em 2023, ao lado do vencedor Sepp Kuss. Mas em 2025, a possibilidade de um duelo ibérico entre os dois campeões do Tour volta a ganhar força.
"Espero sinceramente poder assistir a um confronto com Jonas Vingegaard", sublinhou Guillén. "Ele conhece bem a Vuelta, e para mim, seria um sonho. Uma batalha entre dois ciclistas que chegam fatigados da Volta a França, o que acrescenta mais uma camada de intriga: gerir a euforia do vencedor (do Tour) e a fome de vingança do vencido."
A eventual presença da dupla obrigaria também a um traçado à altura, e Guillén tem ideias muito claras sobre o tipo de percurso ideal. "Tem de ser curto, com muitos desafios no final de cada etapa, e deve sempre mostrar um sítio novo", explicou. "Se pudermos incluir uma rampa íngreme ou uma subida difícil perto do final, tanto melhor. Somos uma corrida que olha mais para o céu do que para o chão."
Entre os sonhos de Guillén está também um final histórico e inédito: “Gostaria de realizar o sonho de terminar a Vuelta nas Ilhas Canárias, idealmente em mais do que uma ilha. Temos o dever de chegar a todos os cantos de Espanha, e o terreno lá é espetacular — algumas das melhores subidas que se podem encontrar em qualquer parte do ciclismo.”
Mas além do imaginário paisagístico, há também a ambição de renovar o espírito explorador da Vuelta. “Temos de continuar a internacionalizar a corrida e a descobrir novas subidas, por muito difícil que isso se torne. Elas estão por aí, e teremos algumas no próximo ano.”
Se a dupla Pogacar-Vingegaard aceitar o convite, o final de temporada poderá oferecer uma segunda ronda épica entre os dois titãs, com o calor espanhol e os muros íngremes a servirem de palco para mais uma batalha histórica. Para já, o apelo está lançado. E os fãs só podem esperar que o eco chegue a tempo.
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