Continuando a incendiar a
Volta a Itália de 2024,
Tadej Pogacar atacou mesmo no que se esperava ser uma etapa 3 relativamente rotineira e fácil de sprintar. Com tanto tempo ainda por disputar no Giro e com uma Volta a França a seguir no verão, estará o esloveno a gastar a sua energia de forma imprudente?
Quando o próprio Pogacar foi questionado sobre este tópico na sua entrevista após a etapa 3, o líder da
UAE Team Emirates respondeu com uma piada. "Até agora não gastei nenhum euro", disse Pogacar com um sorriso irónico. "Estou de férias pagas há seis dias".
No entanto, o desejo de que Pogacar pedale com mais conservadorismo, especialmente tendo em conta o facto de já deter uma vantagem de 46 segundos sobre Geraint Thomas na corrida para a Camisola Rosa, não vem apenas de vozes externas. Em declarações ao Cycling News, o diretor desportivo da UAE Team Emirates, Fabio Baldato, admitiu que preferia que o seu líder se guardasse para os momentos mais importantes.
"Não quero que ele minimize o seu esforço, mas quero que ele guarde a força para os momentos em que está realmente sozinho e em que não tem companheiros de equipa para o apoiar".
"Temos um plano desde o início e é bastante claro", acrescenta o diretor desportivo da UAE Team Emirates,
Joxean Matxin, ao Cycling News. "Definimos as etapas onde podemos atacar e onde podemos dar a responsabilidade às equipas de sprinters e assim por diante. E quando se faz um plano, também se faz esse plano com os ciclistas, que é como deve ser."
"Desde o início do Giro que só falamos do Giro e não pensamos no que vem a seguir", conclui. "Mesmo assim, esta não é uma corrida de um dia como a Strade Bianche, onde se pode atacar a partir dos 80 km porque se sabe que não se corre no dia seguinte. Isto é o Giro e sabemos que tem três semanas de duração."