"Ele é como uma criança numa loja de brinquedos" Atitude de Juan Ayuso criticada por ex-profissionais

Ciclismo
segunda-feira, 01 setembro 2025 a 20:30
Ayuso
A Volta a Espanha 2025 está a expor, mais uma vez, as fragilidades internas da UAE Team Emirates - XRG. Depois de vencer de forma categórica a 7ª etapa, num ataque solitário, Juan Ayuso voltou a mostrar o outro lado da moeda: a ausência total de compromisso com o líder da equipa, João Almeida.
Na 9ª etapa, quando Jonas Vingegaard atacou em Valdezcaray, Almeida esteve isolado no grupo dos favoritos e acabou por lamentar publicamente a falta de apoio dos colegas: “Senti a falta dos meus colegas de equipa. Não estava lá ninguém”, afirmou o português após a chegada.

Um contraste gritante

Dois dias depois da vitória, Ayuso voltou a ficar para trás logo no inicio da subida final, não demonstrando vontade de colaborar no trabalho em prol de Almeida. O comentador Jeroen Vanbelleghem, no programa Kop over Kop, sublinhou a incoerência. “O Ayuso venceu uma etapa de forma brilhante, andou sozinho durante uma hora na frente da corrida, depois deixou toda a gente para trás. E depois na etapa seguinte, cai de um grupo de 70 ou 80 ciclistas? Isso não é físico, é atitude. Não quis ajudar a equipa.”
A desilusão é tanto maior porque muitos esperavam que, depois de garantir a sua etapa, Ayuso se dedicasse ao apoio ao líder. Mas o espanhol de 22 anos manteve-se distante das ordens da equipa, alimentando críticas.
João Almeida incentiva Pidcock a ajudar na perseguição a Jonas Vingegaard
João Almeida incentiva Pidcock a ajudar na perseguição a Jonas Vingegaard

“Como uma criança numa loja de brinquedos”

O ex-profissional Bobbie Traksel foi ainda mais incisivo: “O Ayuso é como uma criança numa loja de brinquedos que não recebe o seu brinquedo e depois fica deitada no chão a dar pontapés e a bater.”
Sem o apoio dos colegas de equipa, Almeida teve de gerir com Pidcock a perseguição ao dinamarquês da Visma. Apesar de limitar as perdas (24 segundos), ficou claro que um Ayuso comprometido poderia ter feito diferença.
“Um bom Ayuso poderia ter ajudado o Almeida. Teríamos tido uma etapa completamente diferente. É também uma pena para a corrida”, reforçou Vanbelleghem.
A situação tornou-se tão tensa que já se discutia nos bastidores se a UAE deveria considerar afastar Ayuso durante o dia de descanso. Uma decisão difícil, mas que expõe a magnitude do problema. Como resumiu Vanbelleghem:
“O Ayuso pensa que é um rei num reino com demasiados reis. Mas não tem esse direito. O Almeida é um ciclista de equipa, faz o seu trabalho para Pogacar. O Ayuso, se quiser ser um bom colega de equipa, só tem de trabalhar.”
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