"Ele quer testar-se contra o Remco" - Matxin confirma que Tadej Pogacar quer o título mundial de contrarrelógio

Ciclismo
quinta-feira, 11 setembro 2025 a 14:30
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Tadej Pogacar já conquistou praticamente tudo o que havia para conquistar no ciclismo. Monumentos, Grandes Voltas, clássicas de primavera, a camisola amarela em Paris e até o título mundial de estrada. Mas falta-lhe ainda uma peça para completar o puzzle: a camisola arco-íris de contrarrelógio.
O esloveno, que regressa à competição esta semana no GP do Quebec e no GP de Montréal, tem em Kigali o grande objetivo desta reta final de época. E segundo o diretor desportivo da UAE Team Emirates - XRG, Joxean Matxín, a motivação não podia ser mais clara: “Ele quer pôr-se à prova contra Remco. Se Tadej deu luz verde para pedalar, é porque quer realmente medir-se com os melhores e, neste momento, no contrarrelógio (o melhor) é o Remco Evenepoel. É uma disciplina em que Tadej investiu muito tempo e trabalho nos últimos meses.”

Kigali: altitude, dureza e oportunidade

O percurso dos Mundiais no Ruanda será atípico: um contrarrelógio em altitude, com perfil exigente e zonas montanhosas que favorecem tanto os especialistas puros como ciclistas mais versáteis. Pogacar acredita que é a oportunidade ideal para atacar um objetivo pessoal que tem adiado. “Se quero mesmo desafiar o Remco? Claro que sim, é esse o objetivo. Quero pô-lo a ele e aos outros especialistas fortes à prova. O percurso deve ser-me favorável, embora precise de um dia muito bom. Sempre fui fã da disciplina e, desta vez, tenho estado na minha bicicleta de contrarrelógio mais do que o habitual. Vou lá para provar que sou o melhor nesse dia.”

Recuperado do desgaste do Tour

Desde o quarto triunfo na Volta a França, em julho, Pogacar optou por uma pausa competitiva. O esloveno chegou ao limite após semanas a defender a camisola amarela, mas regressa agora recarregado. “Sim, ele terminou o Tour completamente esgotado, tanto mental como fisicamente, mas está recarregado e motivado”, explicou Matxín. “Defender a camisola amarela todos os dias é desgastante, muito diferente de atacar numa clássica. Agora, o fogo voltou.”
O próprio Pogacar admitiu que Kigali esteve sempre no horizonte. As corridas no Canadá serão apenas o trampolim para o grande momento.

Decisão consciente: nada de Vuelta

A hipótese de alinhar na Volta a Espanha foi descartada desde cedo. Segundo Matxín, tratou-se de proteger a frescura física e mental do líder. “Não há qualquer motivo de preocupação. O Tadej está a gerir tudo na perfeição.”

O favorito natural

Pogacar sabe que todas as atenções estarão centradas nele. E mesmo que o duelo com Evenepoel seja o mais aguardado, Matxín recorda que o esloveno parte sempre na frente, pelo seu estatuto e capacidade de surpreender em qualquer cenário: “Tadej é sempre o favorito quando alinha. Isso é normal, ele é o melhor ciclista do mundo.”
Em Kigali, Pogacar vai atrás da camisola que falta na sua coleção e que poderia solidificar ainda mais a sua candidatura ao estatuto de melhor ciclista de todos os tempos.
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