Elisa Longo Borghini explica o que é preciso para vencer a Paris-Roubaix: "O que é realmente importante é abraçar o caos e esperar tudo"

Os Jogos Olímpicos, para além do sempre crescente calendário feminino, significam que algumas das ciclistas têm de escolher sabiamente quais os objectivos que irão perseguir em 2024. Elisa Longo Borghini preferia ter todos os objectivos, mas os Jogos Olímpicos são o principal objetivo da ciclista da Lidl-Trek para os próximos meses, confirmando isso à Eurosport Cycling Show.

"É um ano tão apertado que é preciso escolher bem onde se quer atingir o pico. Portanto, as Ardenas, o Giro, e é um ano olímpico - por isso, sim, os Jogos Olímpicos também seriam um grande objetivo para mim. E estes três bons compromissos são os meus pontos altos".

A conquistadora de 2022 do "Inferno do Norte" quer, naturalmente, estar em boa forma para a corrida francesa. "A Paris-Roubaix Feminina é uma corrida muito especial. Começamos sempre com mais do que uma líder. Mas penso que o que é realmente importante numa corrida como esta é abraçar o caos e esperar tudo desta corrida. É uma corrida tão especial e difícil de ler que é preciso ter um bom plano A, um bom plano B e um bom plano C, mas é preciso estar sempre pronta para o plano F."

"Normalmente, usamos uma 'domane', que é uma bicicleta especial para paralelepípedos, os pneus são muito mais largos, usamos uns 30, 32 e a configuração é diferente. Usamos a 37 V, que é uma roda especial para a Roubaix. Temos a 'isospeed', que é especialmente concebida para absorver as vibrações, e penso que, para nós, é a melhor bicicleta que podemos utilizar para esta corrida."