O ponto alto da época de 2023 de
Ben O'Connor foi, sem dúvida, o Critérium du Dauphiné. O líder australiano da equipa AG2R Citroën terminou em terceiro lugar na classificação geral da corrida, atrás de
Jonas Vingegaard e
Adam Yates.
"No Critérium du Dauphiné, correu exatamente como eu queria. Terminei em terceiro, atrás de Jonas Vingegaard e Adam Yates. Esse foi o lugar que mereci", reflete O'Connor em conversa com o In de Leiderstrui. "O Jonas e o Adam estão entre os melhores classificadores do momento, por isso é um ótimo resultado. Espero mesmo que o Jonas acabe por fazer parte da lista dos grandes nomes de Grandes Voltas no futuro. É bastante fixe estar logo atrás deles numa corrida destas."
Apesar de Vingegaard e Yates também terem subido ao pódio na Volta à França no mês seguinte, O'Connor foi forçado a contentar-se com a caça às etapas, depois de ter perdido tempo logo no início. "Em geral, estou muito satisfeito com o ano passado, embora tenha havido algumas desilusões que me tocaram o coração."
"Uma delas foi ter falhado uma vitória de etapa desse Tour. Saí da classificação e tive de me concentrar no sucesso em etapas. Mudar de objetivos não é um problema para mim, desde que esses novos objctivos sejam alcançados", continua O'Connor. "No final, perder a vitória de etapa foi muito doloroso. Tive duas boas oportunidades, mas fiquei em terceiro duas vezes. Culpei-me por isso."
Tendo terminado em quarto lugar na geral na Volta à França de 2021, O'Connor demonstrou um pedigree significativo na classificação de Grandes Voltas. Em 2024, pretende voltar a desafiar as maiores corridas, embora admita que as vitórias serão um desafio. "É difícil ganhar em muitas corridas, uma vez que Jonas e Tadej Pogacar participam. Temos de ser realistas e aceitar que estamos provavelmente a competir pelo terceiro lugar", explica.
"Nesse contexto, penso que seria ótimo se conseguisse mais lugares no pódio em provas de vários dias do WorldTour. E o meu objetivo final é estar um dia no pódio final de uma Grande Volta", conclui. "Gostaria de participar em duas Grandes Voltas no próximo ano. Ainda não sei o que a equipa quer, mas se dependesse de mim, seria uma combinação do Giro e do Tour. O Giro está no topo da minha lista. Posso ver o que acontece a seguir. Afinal de contas, somos uma equipa Francesa e o Tour é o mais importante".