"Estava um bocado farto disso" - Danny van Poppel passa de "patinho feio a cisne" na hierarquia da Red Bull - BORA - Hansgrohe em 2026

Ciclismo
quarta-feira, 17 dezembro 2025 a 10:00
van poppel
Danny van Poppel voltará a sprintar pelas suas próprias ambições em 2026, afastando-se do papel de lançador de elite que o tornou uma das figuras mais respeitadas do pelotão. Em declarações ao WielerFlits.nl, o campeão dos Países Baixos deixou claro que a decisão foi motivada tanto por ambição pessoal como pela confiança da equipa.
“Trabalhei tanto e tanto nos últimos quatro anos que já estava um bocado farto”, atirou Van Poppel, recordando o tempo a lançar sprinters fora do patamar absolutamente top. “Por isso aceitei a opção que a equipa me ofereceu para voltar a sprintar eu próprio”.
Van Poppel era amplamente considerado um dos melhores lançadores do mundo, mas o seu papel muda agora de forma decisiva na Red Bull-BORA-hansgrohe. Depois de vencer o Campeonato dos Países Baixos e somar quatro triunfos na época passada, sentiu que era o momento certo para voltar a assumir responsabilidades.
“A equipa perguntou-me se era opção voltar a sprintar eu. A minha vitória no Campeonato dos Países Baixos ajudou a acelerar essa decisão. Quero mostrar aquela camisola tricolor”.

Um papel seletivo no sprint em vez de lançador a tempo inteiro

Danny van Poppel em ação na Volta a França
A aposta de Van Poppel em voltar de lançador a sprinter vai compensar?
Van Poppel esclarece que o regresso ao sprint não significa disputar cegamente todas as chegadas rápidas. A abordagem será seletiva, baseada nas hipóteses reais contra os melhores.
“Para mim, 2026 é um ano de transição. Há quatro ou cinco sprinters de classe mundial, por assim dizer. Se eu sentir mesmo que alguém é muito mais rápido do que eu, então trabalhamos para ele. Caso contrário, já não”.
Essa mudança também redefiniu o seu calendário. Embora alinhe no Tour Down Under com um comboio de sprint completo, a época passará depois pelas Clássicas da Primavera e, em última instância, pela Volta a Itália, identificada como o grande objetivo.
“Vou poder procurar as minhas oportunidades nas etapas planas. Isso é fantástico”.

Renúncia à Volta a França sublinha mudança de estatuto

O novo papel implica uma cedência significativa. Pela primeira vez desde 2021, Van Poppel não vai disputar a Volta a França, depois de ter sido peça-chave na colocação de Primoz Roglic.
“Pode soar um pouco estranho, mas sinceramente, prefiro ir à Volta com um sprinter de topo e vencer etapas”, explicou. “A trabalhar para uma equipa de geral, por vezes fiz etapas com dor no coração, a saber que tinha de me deixar ficar para trás nos quilómetros finais”.
Apesar de admitir que falhar o Tour dói, Van Poppel vê clareza no novo estatuto. “Sou novamente sprinter, não um gregário para um chefe de fila”.

Aposta e confiança reforçadas pela equipa

A Red Bull-BORA-hansgrohe reforçou esse compromisso ao investir no apoio ao sprint, algo que Van Poppel interpreta como um claro sinal de confiança.
“A equipa também investiu no comboio de sprint, o que demonstra confiança. Decidi apostar tudo. Estou mesmo com vontade”.
Van Poppel vai agora preparar a Volta a Itália com estágios de altitude, levando a camisola de campeão neerlandês para um Grande Volta onde acredita poder vencer.
“Vou dar tudo, vamos com tudo. Sem pressão. Acredito que posso ganhar lá”.
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