Já não é possível classificar como surpresa o desempenho de
Florian Lipowitz neste
Critérium du Dauphiné. Aos 24 anos, o alemão da Red Bull – BORA – hansgrohe tem mostrado uma maturidade táctica e uma capacidade física que o colocam firmemente entre os protagonistas da corrida. Na sexta etapa, voltou a dar nas vistas com uma abordagem ofensiva, atacando de longe e terminando no terceiro posto, apenas atrás dos dois grandes favoritos, Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard.
A primeira movimentação de Lipowitz começou a cerca de 40 quilómetros do final, na penúltima subida. "Quando eles atacaram pela primeira vez na penúltima subida eu segui-os e depois pensei em também tentar algo", explicou. Apesar de ter sido alcançado pelo grupo principal, a tentativa revelou confiança. "Eles acabaram por me apanhar, mas eu estava confiante que conseguia sair ."
Na subida final para Combloux, o jovem alemão mostrou que o seu tanque energético ainda estava longe de estar vazio. Recuperou forças e lançou-se à conquista de um lugar de destaque: "Depois, fiquei à espera da última subida para tentar recuperar o melhor possível. Depois dei o meu melhor até à linha." O “melhor” de Lipowitz foi suficiente para deixar para trás Remco Evenepoel e segurar um pódio na etapa.
"Estou muito feliz com o meu desempenho", afirmou. "Dei o máximo desde o início e tentei manter o ritmo juntamente com o Remco." O belga, campeão olímpico em título, ressentiu-se das consequências da queda do dia anterior, algo de que Lipowitz soube tirar partido. "Tentei e vi que estava a abrir um espaço e depois fui com tudo para a meta."
Além do resultado do dia, o alemão ganhou terreno importante na classificação geral e na luta pela camisola branca. Actualmente é terceiro na geral, a 11 segundos de Vingegaard, e com 28 segundos de vantagem sobre Evenepoel, que é o seu principal rival direto na luta pelo pódio e pela classificação da juventude.