"Foi super caótico porque toda a gente queria estar na frente" Juan Ayuso termina o dia sem perder tempo e em segurança

Depois da caótica e intensa 3ª etapa da Volta a Espanha 2025, Juan Ayuso fez uma análise ao seu desempenho. O espanhol terminou em 35º lugar, mas com o mesmo tempo do vencedor da etapa, David Gaudu (Groupama-FDJ), que superou Mads Pedersen (Lidl-Trek) e Jonas Vingegaard (Team Visma | Lease a Bike) num final explosivo em subida. Para Ayuso, a prioridade foi clara: manter-se seguro e evitar contratempos.

"Foi uma chegada super difícil, super agitada, uma mistura entre uma chegada ao cimo de uma montanha, onde temos de estar na frente, e uma chegada ao sprint, com todo aquele caos", explicou Ayuso na entrevista pós-etapa. "Foi super caótico porque toda a gente queria estar na frente mais do que numa etapa com final ao sprint ou numa chegada de montanha. Toda a gente queria estar lá. Mas não houve nenhuma perda de tempo, nenhuma queda, por isso no geral foi um bom dia. Toda a gente prefere que os seus rivais não ganhem tempo, mas as coisas são como são."

Com a fuga apanhada a cerca de 20 quilómetros do fim, o posicionamento tornou-se decisivo e as equipas entraram numa batalha frenética pela frente do pelotão. Lidl-Trek, Visma, UAE e Red Bull-BORA-hansgrohe disputaram a supremacia antes da curta subida final de 2,5 km. Até Vingegaard esteve envolvido directamente, reforçando o cenário de confronto entre sprinters e candidatos à classificação geral.

Na luta pela vitória, foi David Gaudu quem levou a melhor, lançando um ataque fulgurante na última curva para bater Pedersen e Vingegaard, conquistando uma das vitórias mais marcantes da corrida até agora. Ayuso, por sua vez, optou por uma abordagem discreta mas calculada, garantindo que cruzava a meta no mesmo tempo dos favoritos e sem se expor a riscos desnecessários.

Para o espanhol da UAE Team Emirates - XRG, o desfecho foi considerado positivo. A estratégia passa agora por manter a tranquilidade nos dias intermédios e preparar-se para os momentos decisivos na alta montanha, onde as diferenças de tempo deverão finalmente abrir-se. "Quero manter-me seguro, manter-me próximo da frente e esperar pela altura certa", concluiu.