Uma história que não atrai os holofotes como acontece com outros ciclistas, mas que merece certamente ser mencionada. A
Soudal - Quick-Step e
Patrick Lefevere tiraram
Gianni Moscon da reforma certa com um contrato de um ano e, depois de uma época forte e da Volta a França, o italiano vai agora renovar com a equipa onde se tornou um gregário valioso para
Remco Evenepoel.
A notícia é avançada por Ciro Scognamiglio, da Gazzetta dello Sport, que escreve esta manhã no X (antigo Twitter) que Moscon está prestes a assinar uma nova extensão de contrato de dois anos com a equipa belga, antes de se concentrar nas clássicas de outono do World Tour, no final da época. Moscon foi uma aposta do próprio Patrick Lefevere, que o contratou de forma semelhante à que fez com Mark Cavendish há alguns anos atrás.
Patrick Lefevere fez a oferta pelo ciclista italiano, embora num contrato com o salário mínimo estipulado pela UCI. "O Gianni só queria correr pela nossa equipa. Era isso ou deixar de ser ciclista e tornar-se um agricultor de maçãs em Itália". Moscon estava ansioso por aproveitar a oportunidade, independentemente das condições. O seu contrato com a Astana Qazaqstan Team tinha terminado e encontrava-se numa encruzilhada na sua carreira.
Lefevere também apostou em Cavendish numa fase atribulada da carreira, em 2021
"Por vezes, senti-me desrespeitado por ter de correr naquelas circunstâncias. Parecia um idiota na televisão", disse o italiano, na altura, ao Het Nieuwsblad, admitindo também que estava a considerar a hipótese de se retirar depois de dois anos em que sentiu que tinha estagnado e estava a correr em condições longe das ideais
Moscon correu o Paris-Nice com Evenepoel e depois novamente o Criterium du Dauphiné. Estava na lista de pré-convocados para a Volta a França, e foi selecionado, contribuindo para o pódio da Bélgica. Lefevere já viu o suficiente do corredor de 30 anos para considerar a possibilidade de prolongar o contrato com a equipa, provavelmente em condições mais favoráveis.