Giulio Ciccone sobre a forma como Pogacar motiva todos os outros a aproximarem-se do seu nível: "Estamos todos a tentar melhorar e a esforçar-nos ainda mais"

O ano de 2024 de Giulio Ciccone não correu como inicialmente o terá idealizado, com o ciclista italiano a ter um revés na sua preparação devido a lesões e doenças, que atrasaram o início da época para o final de abril. Apesar de ter perdido toda a primavera, o ciclista da Lidl-Trek conseguiu recuperar a tempo de obter alguns resultados decentes, com o 8º lugar no Dauphiné e o 11º na Volta a França. Apesar de uma Vuelta falhada, Ciccone conseguiu recuperar mais uma vez para subir ao pódio na Il Lombardia.

Agora que conseguiu descansar um pouco depois de uma época turbulenta, é altura de se sentar à mesa de trabalho e elaborar planos para 2025. Este ano Ciccone teve de ficar de fora da Volta a Itália, mas isso deixa-o ainda mais motivado para regressar no próximo ano, garante. Mas antes de tomar uma decisão, quer saber qual o percurso que os organizadores têm em mente.

Francamente, devido a problemas de organização, a apresentação oficial do percurso foi adiada, o que suspendeu temporariamente todo o planeamento da época, não só dele como de muitos ciclistas. "No que diz respeito ao calendário de corridas de 2025, estamos à espera", disse Ciccone numa entrevista à Sky Sport. "Elaborar um calendário com algumas corridas que ainda não foram apresentadas, é um pouco difícil. Eu gostaria de estar no Giro de 2025, mas estamos à espera de ver a apresentação do percurso e depois decidiremos."

Ciccone faz uma retrospetiva de 2024: "Foi uma época algo complicada, devido a vários problemas físicos que tive no inverno passado", salienta o ciclista italiano. "Ainda assim, consegui fechá-la de uma forma positiva, obtendo um bom pódio na Lombardia. Depois parei durante três semanas, para repor energias e descansar o meu corpo. Faz agora uma semana que recomecei a treinar, dividindo as sessões entre o ginásio e a bicicleta."

Sessões de treino que parecem ter avançado para novos desafios, tendo em conta o que Tadej Pogacar tem feito nos últimos meses: "Ele elevou muito o nível nos últimos anos, hoje é praticamente impossível pensar em igualá-lo", comenta Ciccone. "Só existe um Tadej Pogacar. Com certeza que tentar perceber o seu nível deve ser um estímulo. Estamos todos a tentar adaptar-nos para fazer mais sacrifícios e tentar mudar alguma coisa nos treinos, para melhorar e esforçarmo-nos cada vez mais."