Huub Artz ficou ás portas de vencer a etapa de Green Mountain: "Nunca tinha ido tão fundo, é um pouco surrealista"

Adam Yates, Jan Hirt e... Huub Artz? Poucos esperariam que este ciclista de 21 anos completasse o pódio da etapa rainha do Tour de Omã. Nem mesmo o jovem ciclista holandês, que só entrou para a equipa de desenvolvimento do Intermarché - Wanty antes desta época e que tinha acabado de completar as suas primeiras corridas com a equipa World Tour em Omã.

"Também me surpreendi a mim próprio. Senti-me bem no início e, como não pedalámos muito nos últimos dias, queria treinar um pouco mais. Foi por isso que me juntei à fuga inicial", começa Artz a sua entrevista ao WielerFlits.

"Esperava fazer alguma coisa pelos líderes, porque sempre pensei que seríamos apanhados de novo. Mesmo assim mantive-me focado na Grenn Montain, mas no último quilómetro as minhas pernas estavam cheias. Também vi o quarto a chegar. Ainda faltavam 150 metros, e depois pensamos mesmo que já não conseguimos. Mas depois dei um ultimo folego, um ultimo esforço, para conseguir o terceiro lugar. Nunca tinha ido tão fundo. Claro que não pensei que fosse assim, é um pouco surrealista. Este foi sempre o meu sonho. E vai demorar algum tempo até que eu possa acreditar".

"Continuo a correr pela Wanty-ReUz-Technord, a equipa de formação, mas sinceramente? Estava ansioso por estar aqui à partida durante todo o inverno. Esperava não descolar em todas as etapas. Nunca pensei sequer em ficar em terceiro lugar. No ano passado, continuei a correr com a Metec. Quando a equipa me abordou no verão, pareceu-me muito positiva. Tinham um plano bom e claro para mim. Fiquei com a sensação de que podia evoluir aqui ao meu próprio ritmo", afirma, recorrendo ao seu compatriota mais velho, Roel van Sintmaartensdijk, que subiu ao World Tour este ano, depois de um percurso profissional semelhante.