Irá a inalação de monóxido de carbono ser proibida? A UCI pressiona a WADA a tomar uma posição sobre o método polémico

O monóxido de carbono é tóxico para os seres humanos, no entanto, quando inalado em quantidades controladas e limitadas, pode levar a uma ligeira melhoria na capacidade do corpo para aumentar os valores de VO2 max. Isto ainda não está confirmado, nem proibido para os ciclistas profissionais, mas foi utilizado em 2024 por algumas equipas, incluindo a UAE Team Emirates e a Team Visma | Lease a Bike. A UCI apela a que seja tomada uma decisão sobre se é permitido ou não.

Há uma razão muito óbvia para que este método seja proibido pela Agência Mundial Antidopagem (WADA em inglês, como é frequentemente denominada e.d.), uma vez que pode representar um risco para a saúde dos ciclistas se não for efetuado corretamente. Este facto foi revelado no início deste ano e entre as equipas que utilizaram este método estão a UAE Team Emirates, a Team Visma | Lease a Bike e a Israel - Premier Tech - embora nenhuma delas tenha sido particularmente aberta quanto aos seus possíveis efeitos ou resultados, se é que existem.

Apesar de ter sido utilizado, o médico da equipa Emirates, Adriano Rotunno, argumentou que este procedimento é utilizado para testar os efeitos do treino em altitude nos seus ciclistas, tendo sido dada uma resposta semelhante pela Visma. Ambos os ciclistas foram questionados durante a Volta a França, tendo ambos rejeitado qualquer tipo de controvérsias.

No entanto, ciclistas de outras equipas e especialistas do mundo do ciclismo criticaram este método, que continua a ser um pequeno desconhecido no mundo do ciclismo. Romain Bardet reacendeu recentemente o debate numa entrevista ao Eurosport France, afirmando que "o monóxido de carbono pode explicar a trajetória de algumas pessoas que desconhecíamos há um ano ou ano e meio". O diretor da TotalEnergies, Jean-René Bernaudeau, também argumentou que este facto "prejudica a reputação do ciclismo" e é uma declaração amplamente consensual.

Alguns estudos parecem indicar os efeitos de melhoria do desempenho deste método e a UCI está a pressionar a WADA para que tome uma decisão sobre se este deve ser proibido ou permitido. Espera-se que seja tomada uma decisão nos próximos meses.