Demorou, mas chegou. Depois de várias tentativas falhadas nos sprints e até em dias de média montanha,
Mads Pedersen conquistou a tão desejada vitória na
Volta a Espanha 2025. O dinamarquês da
Lidl-Trek brilhou na etapa de domingo, coroando uma estratégia clara e bem executada pela equipa norte-americana.
Uma fuga de luxo e um plano conhecido
A jornada começou de forma dura, com uma subida inicial de 16 quilómetros, onde Pedersen não hesitou em marcar presença nos grupos dianteiros. A fuga ganhou rapidamente dimensão, chegando a ter quase 50 ciclistas, entre eles Giulio Ciccone, Julien Bernard, Carlos Verona e Amanuel Ghebregzabhier, todos ativos no apoio ao seu líder.
Na frente, um duo perigoso formado por Jay Vine e Louis Vervaeke chegou a ter quase três minutos de vantagem, obrigando a Lidl-Trek a gastar cartas cedo para manter viva a hipótese do sprint.
"Isso torna a vitória ainda mais saborosa. A equipa fez um trabalho fantástico. Tínhamos cinco ciclistas na fuga. Depois de os dois ciclistas se terem separado na segunda subida, ganharam muito tempo. Trabalharam muito para que isto fosse possível. É ainda melhor ganhar quando todos nos observam e conhecem o nosso plano", disse Pedersen após a meta.
Bernal mexeu, mas Pedersen resistiu
Na última subida do dia, Egan Bernal tentou endurecer o ritmo, provocando ataques e formando um grupo de grande qualidade. Mas Pedersen, consciente do seu objetivo, fechou todas as investidas. "Tive de seguir toda a gente, não tive escolha", explicou.
A colaboração do grupo perseguidor acabou por neutralizar o duo da frente, mas os últimos quilómetros foram disputados num jogo tenso de ataques e vigilância.
Um sprint de força e sangue-frio
Nos últimos 6 quilómetros, Pedersen ficou isolado contra rivais que só esperavam pelo momento certo para surpreender. O ataque mais perigoso surgiu de Marco Frigo, a cerca de 700 metros do fim, mas o dinamarquês manteve a calma: "Tive de manter o ritmo elevado. Frigo atacou a 700 ou 800 metros do fim. Isso foi perfeito, porque ele fez uma espécie de lançamento. Fui diminuindo a distância lentamente. Depois da curva, ainda faltavam 220 metros e depois tive de fazer um sprint."
E nesse sprint, o craque da Lidl-Trek mostrou porque é considerado um dos melhores finalizadores do pelotão. Com potência e frieza, bateu os rivais e finalmente ergueu os braços na Volta a Espanha.