Iván García Cortina pode considerar-se um pouco sortudo e azarado ao mesmo tempo. O espanhol foi considerado um dos líderes da nova geração nas clássicas, mas, tal como muitos outros, foi ultrapassado pelo impacto dos chamados Big-6 (Pogacar, Vingegaard, Evenepoel, MvdP, Wout Van Aert e Roglic) que abalaram o mundo do ciclismo com o seu domínio quase que extra terrestre, deixando os adversários a penar por uma vitória, sempre que eles querem algo.
"O ciclismo mudou", disse o ciclista de 28 anos à Marca. "Nos últimos quatro anos, a mudança foi brutal. Para os espectadores é maravilhoso, para nós que estamos lá a correr, nem por isso. Eles, os Big-6, vão para as corridas com uma fome tremenda. E não falham. Não é normal. Parece fácil, mas não é. E todos os seis estão juntos no mesmo período histórico!"
"Quando Pogacar começou na Volta a França, ninguém o conseguia seguir", continuou Cortina. "Ele carrega no acelerador e pronto, adeus. É assim que as coisas são. É preciso mais ou menos pedir autorização a estes corredores para ganhar, porque eles ganham quase sempre que e quando querem. A realidade é que, quando eles têm um objetivo, não cometem erros."