Jay Vine já estava a caminho de se tornar o rei da montanha na Vuelta a Espana 2022, mas aconteceu um desastre quando faltavam apenas três etapas para o final e Vine foi forçado a abandonar a corrida após uma queda (um pouco à semelhança do que aconteceu com Wout van Aert este ano quando o mesmo também liderava a classificação da montanha). Este ano, as suas prestações não foram tão espetaculares como há dois anos, mas isso torna o caminho que levou ao seu triunfo ainda mais inspirador.
"Há dois anos, estava nas nuvens, com duas vitórias em etapas e a camisola da montanha com uma vantagem confortável, pronto para chegar a Madrid, e depois aconteceu um desastre na etapa 18", recorda Vine no site oficial da Vuelta. "E agora terminar isto é fantástico, especialmente depois do ano que tive."
Vine não correu entre abril e agosto, depois de ter sofrido uma aterradora queda na Volta ao País Basco. E assim, com um mês de corridas nas pernas, o australiano ainda se sente cheio de energia. "Sinto que a minha época está apenas a começar, por isso estou ansioso pelo resto."
Com tudo o que passou, a camisola da montanha é apenas um bónus para Vine: "É incrível [estar aqui depois do acidente que tive no País Basco]. A recuperação que tive é espantosa. Na altura, não sabíamos se seria capaz de voltar a correr, quanto mais competir. Por isso, poder estar aqui com a camisola foi um sonho. Conseguir realizá-lo é fantástico".