Jonas Vingegaard terá ao seu dispor na Volta a França 2025 uma nova ferramenta inovadora!

Ciclismo
quinta-feira, 12 junho 2025 a 13:16
kuss vingegaard
A Team Visma | Lease a Bike prepara-se para dar mais um passo inovador na sua já reconhecida abordagem científica ao ciclismo de elite. Com a recente aprovação por parte da UCI, a equipa neerlandesa vai estrear o sensor de ventilação VitalPro, desenvolvido pela empresa Tymewear, que promete transformar a forma como os dados fisiológicos são medidos em tempo real durante treinos e corridas.
Esta inovação poderá representar um grande trunfo para Jonas Vingegaard na sua tentativa de reconquistar a Camisola Amarela na Volta a França 2025. O sensor fornece dados em tempo real sobre a respiração, oferecendo uma métrica até agora praticamente inacessível fora de ambientes laboratoriais. Segundo os seus criadores, trata-se de um avanço comparável ao surgimento dos monitores de ritmo cardíaco na década de 1970.

Para lá da potência e da frequência cardíaca

Ao contrário dos tradicionais medidores de potência, batimentos cardíacos ou taxa de percepção do esforço, o sensor VitalPro foca-se na ventilação, a quantidade de ar que o atleta inspira e expira, permitindo uma leitura mais direta do stress fisiológico e da resposta do organismo a diferentes intensidades.
"Medir a ventilação no terreno, da forma mais exata possível atualmente, irá proporcionar-nos enormes conhecimentos sobre a forma como o corpo lida com os esforços em competição", explicou Mathieu Heijboer, chefe de desempenho da Visma, à Velo. "Vai ajudar-nos muito a otimizar o treino e a melhorar as nossas estratégias de corrida."

Testes práticos e recolha de dados

Embora o dispositivo já tenha luz verde da UCI, a equipa sublinha que a utilização do sensor será, para já, limitada à recolha de dados e aprendizagem. Não se prevê que o VitalPro seja usado de forma ativa na tomada de decisões tácticas já na Volta a França, pelo menos em 2025.
"Vamos utilizá-lo na Volta a França, mas apenas para recolha de dados e aprendizagem. Ainda há muito para descobrir nesta área", acrescenta Heijboer.

Uma ferramenta potencialmente revolucionária

Para a Tymewear, este é o passo mais importante desde o início do projeto. O cofundador e CEO, Arnar Larusson, é categórico quanto ao impacto esperado: "Um sensor de ventilação fiável e preciso pode ser um avanço tão grande como foi o primeiro monitor de ritmo cardíaco nos anos 70. Pode até ser maior, ainda mais transformador."
A aprovação da UCI, segundo Larusson, abre caminho para a adoção alargada por outras equipas, que até aqui enfrentavam dificuldades logísticas para integrar este tipo de dispositivos nas corridas nomeadamente, a necessidade de alternar entre correntes de treino e correntes de competição.

O futuro do rendimento desportivo

Com nomes como Vingegaard, Wout van Aert, Sepp Kuss e Matteo Jorgenson a liderar o pelotão da inovação dentro da Visma, o uso destes sensores poderá não apenas redefinir os limites individuais, mas também alterar a própria dinâmica do treino e da estratégia em Grandes Voltas.
Se o monitor de potência revolucionou o ciclismo moderno, o sensor de ventilação pode ser o próximo salto evolutivo. E a Visma, como tantas vezes no passado, está na linha da frente.
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