Tadej Pogacar tranquilo depois de um contrarrelógio abaixo do esperado: "O Tour é uma história diferente"

Ciclismo
quinta-feira, 12 junho 2025 a 11:19
tadejpogacar
Claramente superado por Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard no contrarrelógio da quarta etapa do Critérium du Dauphiné, Tadej Pogacar mostrou-se sereno. A pouco menos de um mês do início da Volta a França, o líder da UAE Team Emirates - XRG continua a seguir o seu plano com confiança e sem alarmismos.
Num percurso técnico, ventoso e com uma subida exigente a meio, Pogacar optou por uma abordagem prudente. Saiu da rampa de partida em nono a contar do fim e completou os 17,4 quilómetros com o 4º melhor tempo, cedendo 49 segundos para Evenepoel. Longe de ser um tempo brilhante, mas enquadrado numa estratégia clara.
"Não era um percurso ideal para mim. Acho que provavelmente administrei mal o meu esforço. Abordei a primeira seção com um pouco de cautela demais e deveria ter forçado um pouco mais nesse período, mas dei o que tinha e estou satisfeito com isso", afirmou no final. "Ainda há muitas coisas para melhorar, mas no geral a sensação é boa".
Questionado sobre as suas ambições para esta edição do Dauphiné, Pogacar manteve o discurso calmo e realista: "Estou aqui para vencer, sim. Mas sem colocar pressão desnecessária sobre mim mesmo. O principal é passar pelos dias de corrida e sentir o ritmo".
Tadej Pogacar está em 8º na geral, a 38 segundos do líder Remco Evenepoel
Tadej Pogacar está em 8º na geral, a 38 segundos do líder Remco Evenepoel
O esloveno destacou também a importância da preparação feita em altitude com a equipa: "Estamos a sair de um grande bloco de treino nas montanhas. Tenho acumulado quilómetros e sinto-me bem. O tempo mostra-me que o motor está a funcionar".
Ao contrário dos seus rivais diretos, Pogacar não quer deixar tudo na estrada nesta prova. O seu foco é mais estratégico do que imediato: "Este Dauphiné é uma plataforma de lançamento. Não é um campo de batalha." E reforça: "O Tour é longo, exigente. Quero chegar lá fresco, lúcido e, acima de tudo, motivado. Tudo o que faço aqui é projetado para isso".
Remco Evenepoel foi intocável, com um tempo de 20:50, seguido por Vingegaard. Ainda assim, os 49 segundos de atraso não preocupam Pogacar. O mais importante, para ele, é manter o foco na evolução. "O Remco esteve muito forte. Mas isso não é uma surpresa. Mal posso esperar para vê-lo na alta montanha novamente", disse com um sorriso.
As próximas etapas do Dauphiné serão fundamentais para testar a forma nas subidas. Pogacar sabe que precisa de estar forte para recortar o tempo perdido, mas também sabe guardar segredo. "Há coisas que ainda quero guardar para mim. O Tour é uma história diferente".
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