Juan Ayuso: "É a minha oportunidade e vou agarrá-la com as duas mãos"

Ciclismo
sexta-feira, 09 maio 2025 a 14:10
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Com apenas 22 anos, Juan Ayuso inicia a sua quarta Grande Volta como sério candidato à camisola rosa. Depois de um início de temporada vitorioso e com um bloco sólido da UAE Team Emirates - XRG ao seu redor, o espanhol assume sem rodeios a ambição de lutar pela classificação geral da Volta à Itália 2025 e aponta Primoz Roglic como o principal rival.
"Tem sido um grande início de ano, com vitórias especiais tanto para mim como para a equipa. O objectivo é manter essa dinâmica e esse espírito no Giro", afirmou Ayuso em conferência de imprensa. "Penso que temos a equipa mais forte da corrida e essa é a nossa maior vantagem. Temos fortes adversários na geral, especialmente o Roglic, mas estamos prontos para o desafio."
A UAE apresenta um alinhamento de luxo, com Adam Yates como segunda opção séria para a geral, e nomes como Jay Vine, Isaac del Toro e Brandon McNulty como peças táticas que poderão tanto integrar fugas perigosas como desestabilizar a concorrência na primeira semana.
No entanto, Ayuso terá de lidar directamente com aquele que o superou recentemente na Volta à Catalunha. "O Roglic será o homem a bater. Em termos de geral, é o mais forte à partida. A Red Bull - BORA - hansgrohe vai ter de controlar a corrida, mas nós vamos dificultar-lhes a tarefa. O Giro é diferente da Catalunha: há mais contrarrelógios, dias de sobrevivência, e é mais longo e exigente. Há que estar atento todos os dias."
Apesar do estatuto crescente no pelotão internacional, Ayuso rejeita sentir o peso das expectativas: "Compreendo que as pessoas me vejam como favorito, mas não sinto essa pressão. Sei que tenho uma oportunidade e vou agarrá-la com as duas mãos. Já estive no pódio, mas ainda não ganhei uma Grande Volta. Seria um sonho tornado realidade."
A abordagem do espanhol será pragmática desde os primeiros quilómetros, começando pela Albânia, onde os três primeiros dias prometem nervosismo e possíveis cortes. "O primeiro dia será crucial. Pode perder-se mais do que se ganha. Espero passar esse dia em segurança. O contrarrelógio é uma boa oportunidade para ganhar tempo. Já o terceiro dia será duro, mas a subida está longe da meta e não vejo como uma grande oportunidade para fazer diferenças."
Sobre a sua juventude, Ayuso demonstra maturidade e realismo: "Se me perguntassem isso na Vuelta de 2022 ou 2023, diria que sim, a idade fazia diferença. Mas agora estou na minha quarta Grande Volta e já sei como me comporto na última semana. Se falhar na terceira semana, não será por causa da idade."
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