Júri nega a alegação de ter quase atropelado ciclista feminina durante os Campeonatos Nacionais Italianos: "Só lhe tocamos de raspão"

Ciclismo
terça-feira, 01 julho 2025 a 00:15
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Um dia após Letizia Paternoster ter denunciado publicamente que foi atingida e quase deitada ao chão por um carro do júri durante o Campeonato Nacional Feminino de Elites de Itália, os responsáveis pela prova responderam com firmeza, rejeitando a versão da ciclista e partilhando a sua própria leitura dos acontecimentos.
Em declarações ao TuttoBiciWeb, um dos juízes de corrida que seguia no banco traseiro do veículo em questão afirmou peremptoriamente: "O que a atleta da Fiamme Azzurre relatou não aconteceu de forma alguma: a ciclista não foi atingida."
Segundo o júri, o carro em causa foi o primeiro a responder após a queda de Vittoria Guazzini, numa descida que se revelou crítica. "Ao longo da descida, à esquerda, a Guazzini caiu. Começamos a ultrapassar pela direita e, logo a seguir, havia uma curva apertada. A Paternoster passou da esquerda para a direita para alargar a trajetória da curva, travou e, aparentemente, só lhe tocamos de raspão. Se fosse um toque mais forte, ela teria caído. O que ela diz não corresponde à verdade."
O juiz sublinha ainda que a ciclista manteve-se em prova sem sinais de falha mecânica grave: "Depois da curva, a Letizia gritou, eu olhei para trás e vi que ela estava a pedalar. Se a roda estivesse realmente partida, ela teria parado."
Além da negação do incidente da forma como tinha sido descrita por Paternoster, o júri também revelou um momento de confronto entre ambas as partes logo após a linha de chegada, tendo-o considerando um ponto final na polémica: "Imediatamente após a meta, ela perguntou-nos: ‘Foi você que me tocou?’ O condutor pediu desculpa, disse que não tinha sido de propósito e depois a Letizia afastou-se. Eu ainda queria dizer algo mais, mas ela foi-se embora. Pensávamos que o assunto estava encerrado."
A reação da Federação Italiana ou de Letizia Paternoster a esta contra-narrativa ainda não é conhecida, mas o caso promete suscitar debate sobre a segurança dos atletas e a gestão dos veículos oficiais durante as provas femininas. Num desporto onde o espaço na estrada é limitado e os riscos elevados, episódios como este reabrem a discussão sobre o equilíbrio entre logística, respeito pelos atletas e prevenção de incidentes evitáveis.
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