Lance Armstrong acredita que a Volta a França já tem vencedor: "Acho que hoje Pogacar ganhou o Tour, a menos que algo estranho aconteça"

Lance Armstrong, como faz todos os dias após cada etapa da Volta a França de 2024, discutiu com os seus colegas do podcast The Move, George Hincapie e Bradley Wiggins, o que aconteceu durante a histórica etapa rainha de domingo.

O texano resumiu a superioridade de Tadej Pogacar sobre Jonas Vingegaard e os restantes rivais na etapa do Dia da Bastilha com uma simplicidade brutal: "Tadej está a fazer coisas de Tadej".

Hincapie explicou que todos no pelotão sabiam que a Team Visma | Lease a Bike ia colocar um ritmo muito forte em todas as subidas, para ver se Vingegaard conseguia derrubar Pogacar e foi isso que aconteceu e, pelo menos na sua opinião, selou completamente a Volta. "Hoje sabíamos que a Visma ia puxar desde o início, toda a gente sabia no pelotão que eles iam fazê-lo, podemos agora sentar-nos aqui e criticar essa tática, mas eu gosto dessa agressividade," analisa Hincapie. "Pogacar é melhor, acho que hoje Pogacar ganhou o Tour, a menos que algo estranho aconteça."

Leia também

Remco Evenepoel não teve pernas para acompanhar Pogacar e Vingeggard: "Eles mostraram que são os dois melhores ciclistas da corrida. O Tadej é ainda melhor, ele está noutro planeta "

Armstrong, por seu lado, considera que a UAE Team Emirates fez o que estava certo. Depois de vários dias a fazer de kamikaze, ontem deixaram os seus rivais trabalhar para que, no final, Pogacar destruísse o seu rival: "Temos criticado muito as táticas e a agressividade, mas hoje ele correu perfeitamente", avalia o americano. "Vamos deixá-los controlar, vamos deixá-los fazer a sua corrida e o que tinha de acontecer aconteceu."

"Nunca vimos o Pogacar a ir ao limite com o ataque", acrescenta Hincapie;.

Sir Bradley Wiggins é um dos que pensa que, com as duas estrelas do ciclismo mundial a 100%, Vingegaard venceria Pogacar e é por isso que o esloveno decidiu correr a Volta a Itália, este ano. Nas atuais circunstâncias, é claro para ele que não importa a tática utilizada pela Visma, porque o dinamarquês está um nível abaixo do esloveno, depois da queda na Volta ao País Basco.

"Acho que a Visma fez o que tinha de fazer, estava nas mãos de Pogacar, tinha de tentar algo diferente. Mesmo que a Visma estivesse a 100 por cento, o resultado ia ser o mesmo, porque isto depende de o Jonas estar a 100 por cento, e ele não está."

Pogacar (à esquerda) lidera Vingegaard (à direita) com mais de três minutos de vantagem na classificação geral