Lance Armstrong analisou a segunda semana da Volta a Espanha no seu podcast The Move. O americano não entendeu a mudança de bicicleta que acabou por custar 20 segundos de penalização a Primoz Roglic, não só por isso, mas porque o esforço para voltar à frente da corrida não merecia a mudança.
"Sou um grande fã do Roglic, mas nunca teria feito uma coisa dessas", afirmou.
"Roglic não esteve bem ontem, vamos ver o que acontece", avisou Armstrong sobre o que pode acontecer até ao final. "Pode ser divertido até ao fim."
Na surpresa da corrida com 2 etapas, Pablo Caastrillo, Lance mostrou-se completamente impressionado com o jovem espanhol.
Armstrong: "Do nada, ganha 2 etapas".
Bruyneel: "Não foi do nada. Um passarinho disse-me há alguns meses que ele ia assinar pela INEOS. A etapa que ele ganhou ontem foi incrível".
Armstrong: "Pensei que era um ataque típico para as câmeras de televisão e que não havia maneira de ele conseguir ganhar a etapa."
Bruyneel: "O Sivakov estava a correr para a geral, mas depois tinha o Vlasov, que é alguém que luta pelos cinco primeiros em todas as grandes voltas. Quando vimos a cara do Vlasov quando chegou ao Castrillo, não me pareceu que fosse bem. Já tinha vencido a 12ª etapa, emocionou-se, o fundador da equipa morreu na noite anterior, por isso toda a equipa estava junta, foi muito emotivo, dedicaram-lhe a vitória. Para esta equipa é inacreditável. Há quatro equipas de nivel PRT em Espanha e fazem uma rotação para participar na Vuelta, foi a vez da Kern Pharma, é brutal".
A propósito da sanção da equipa Decahtlon pela queda provocada a Richard Carapaz, Lance Armstrong não se mostrou nada satisfeito com o novo sistema da UCI:
Armstrong: "Não acho que devam chamar-lhes cartões amarelos, acho que é uma experiência estúpida, graças a Deus que é apenas uma experiência".
Bruyneel: "O problema é que com os cartões amarelos, pode ser como no futebol, em que os ciclistas podem ser desclassificados por acumulação, o que me preocupa. Penso que há alturas em que estamos a sprintar e podemos receber um amarelo por algo que nem sequer é de nossa culpa, são por situações de corrida e à segunda vez estamos fora. Acho que isso é demasiado."
Armstrong: "Onde está o sindicato dos ciclistas para contestar estas regras? Penso que no final, o cartão deveria ir para o sindicato dos ciclistas se eles permitirem que algo deste género vá para a frente."