Laurens Ten Dam fala de Mathieu van der Poel e dos Mundiais de Gravel: "Deixem-me dizer-vos que não lhe vou dar palmadinhas nas costas"

Ciclismo
sábado, 05 outubro 2024 a 17:55
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Laurens Ten Dam deixou o pelotão profissional na estrada há já muitos anos, mas esse foi apenas um passo na sua carreira. Desde então, tornou-se um podcaster de sucesso e uma referência das corridas de gravel na América do Norte. Este fim de semana corre no Campeonato do Mundo de Gravel contra alguns dos melhores do mundo, incluindo Mathieu van der Poel, que ele próprio convocou, uma vez que ele é o selecionador nacional holandês.
"No final só dei um wildcard para os homens, mas à pessoa a quem gostaria de o dar como treinador? Ao Mathieu van der Poel. É claro que isso nos dá uma garantia para fazermos uma corrida de topo e de obtermos um bom resultado", disse o líder holandês Laurens Ten Dam ao Wielerflits. "Mas eu percebi que ele realmente tem este Campeonato do Mundo no topo da sua lista. Isso é perfeitamente normal para um atleta como ele".
Van der Poel tem a Arco Íris de estrada e ciclocrosse. Conseguirá juntar-lhe a de gravel amanhã?
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No entanto ele sabe que os atletas, tanto do seu país como de outros, vão correr sobretudo de forma individual e não há tácticas de equipa a aplicar. "Em princípio não tenho muito a haver com o desempenho dele na corrida. Disputar este Campeonato do Mundo é algo que ele terá de fazer por si próprio. Por isso deixem-me dizer-vos desde já que não lhe vou dar palmadinhas nas costas. Mas estou muito feliz por ele estar presente. Não é fantástico ver o entusiasmo do Mathieu van der Poel e de todos os outros a trabalhar no domingo no Campeonato do Mundo de Gravel?"
O próprio Ten Dam tem feito corridas bastante fortes nos últimos anos e tem continuado a mostrar um nível digno de estar no pelotão profissional da estrada. Ele está consciente ser campeão mundial se trata de uma tarefa muito complicada, mas que o prazer não vem apenas dos resultados:
"Permitam-me que comece por dizer que todos eles começaram a andar de bicicleta porque gostavam, mas acabaram por se tornar muito bons. É por isso que se tornaram ciclistas de estrada profissionais. Eu sou um entusiasta, penso que isso é o suficiente para a maior parte das pessoas. Mas não tenho a ilusão de poder enganar os Mathieus, Florian Vermeersches e os Matej Mohorics do mundo aos 43 anos. Não é essa de todo a minha ambição. Mas como espectador, dará um prazer poder assistir a ciclismo de alto nível este domingo. É assim que me vejo naquele percurso", concluiu.

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