Lenda do ciclismo espanhol sobre Ayuso e Rodríguez: "Esperava um pouco mais deles este ano"

Pedro Delgado participou ontem em Segóvia, a sua terra natal, na tradicional Carrera del Pavo (Corrida do Peru) e antes disso falou com os meios de comunicação social. Em declarações recolhidas pela EFE, o vencedor da Volta a França de 1988 fez um balanço da situação do ciclismo espanhol e de homens como Juan Ayuso ou Carlos Rodríguez.

Assim, considera que é muito complicado para os ciclistas espanhóis ganharem corridas importantes devido à presença de ciclistas "que estão noutro nível, como Tadej Pogacar, Remco Evenepoel, Jonas Vingegaard, Mathieu van der Poel ou Wout van Aert".

Delgado dá a chave do porquê de os ciclistas acima mencionados serem estrelas que deram outra dimensão ao desporto: "São verdadeiras estrelas, porque no ciclismo de antes tudo era controlado e era preciso atacar sempre na última subida, nos últimos quilómetros, chegou esta geração de ciclistas que atacam a 100, 80, 60 quilómetros da meta e mudaram completamente o paradigma".

Compara-as às grandes clássicas do ciclismo épico dos anos sessenta e setenta, onde as grandes proezas também estavam na ordem do dia: "Nós, os adeptos do ciclismo, estamos com sorte porque redescobrimos o ciclismo épico, da época de Eddy Merckx ou de Luis Ocaña, quando tudo era mais individual. Estamos gratos por eles terem uma mentalidade tão competitiva, porque isso torna as corridas muito mais divertidas".

Sobre o percurso da Volta a Espanha, apresentado na semana passada, "Perico" mostrou-se simpático: "É muito típico da Vuelta, com muitas chegadas ao topo e etapas muito nervosas".

Por fim, falou dos dois ciclistas mais interessantes para o futuro do ciclismo espanhol, Carlos Rodríguez e Juan Ayuso, que, apesar de terem conseguido vitórias importantes em 2024, o desiludiram um pouco: "Esperava um pouco mais deles este ano".

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