Liège-Bastogne-Liège: Quem poderá travar Tadej Pogacar no quarto Monumento do ano?

Ciclismo
sexta-feira, 25 abril 2025 a 11:00
pogacar evenepoel
Este domingo, 27 de abril, realiza-se o quarto Monumento da temporada de ciclismo e o primeiro em 2025: a Liège-Bastogne-Liège. Depois de conquistar de forma dominante a Flèche Wallonne, Tadej Pogacar chega como o claro favorito a La Doyenne, e tem a oportunidade de desfazer o empate com Mathieu van der Poel no número total de Monumentos conquistados (ambos com oito até agora).
Com Van der Poel ausente — uma escolha algo surpreendente, considerando que a Liège é uma corrida com características que poderiam favorecer o holandês —, o foco recai sobre quem poderá contrariar os planos da UAE Team Emirates e desafiar a supremacia do esloveno. Aqui estão quatro nomes que merecem atenção.

Remco Evenepoel

É, sem dúvida, o principal rival de Pogacar. Apesar de um desempenho discreto na Flèche, onde terminou em nono, o belga da Soudal - Quick-Step mostrou na Amstel Gold Race que é capaz de perseguir e até anular um dos ataques típicos do esloveno — algo que muito poucos conseguiram fazer.
Evenepoel já venceu duas vezes em Liège e conhece como ninguém os pontos decisivos do percurso. O maior obstáculo poderá ser a diferença de explosividade no final: se chegar com Pogacar ao sprint, o favoritismo recairá sobre o campeão do mundo. Para vencer, Remco terá de ser taticamente inteligente, reservar energias e, talvez, jogar à defesa até ao momento certo.

Mattias Skjelmose

O dinamarquês da Lidl-Trek protagonizou uma das grandes surpresas da primavera ao bater Pogacar na Amstel Gold Race, graças a uma excelente colaboração com Evenepoel na perseguição e a uma finalização perfeita. Tem capacidade para estar entre os melhores nas subidas, mas a grande questão é saber se conseguirá responder a um ataque brutal de Pogacar num terreno como o da Liège.
A queda na Flèche Wallonne deixou dúvidas sobre o seu estado físico, mas a equipa assegura que ele está recuperado. Se assim for, é um nome a ter em conta para mais uma surpresa.

Tom Pidcock

O britânico da Q36.5 parece estar a chegar ao ponto alto de forma no momento certo. Depois de uma primavera algo irregular, teve uma clara progressão nas últimas corridas: 11º na Brabantse Pijl, 9º na Amstel e um encorajador 3º lugar na Flèche Wallonne.
Se estiver ao nível que mostrou na Strade Bianche — onde apenas Pogacar o superou —, poderá ser um dos poucos a aguentar o esloveno até ao final. E, numa chegada reduzida, tem argumentos para disputar a vitória ao sprint.

Kévin Vauquelin

O francês da Arkéa - B&B Hotels foi uma das revelações da Flèche Wallonne, onde terminou num excelente segundo lugar. Trepador consistente e com boa ponta final, Vauquelin poderá ser uma ameaça em cenários mais imprevisíveis, como uma fuga bem-sucedida ou um grupo intermédio a resistir ao ataque dos favoritos.
Não será fácil vê-lo responder diretamente a Pogacar numa subida como a Côte de la Roche-aux-Faucons, mas se conseguir manter-se na disputa, a sua forma atual poderá levá-lo a um resultado de destaque.
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