Lotte Kopecky com dedicatória especial na hora da vitória do Campeonato do Mundo feminino!

sábado, 28 setembro 2024 a 17:34

Lotte Kopecky está no topo do mundo do ciclismo feminino e hoje conseguiu conquistar o seu segundo título mundial consecutivo. Em Zurique, ela conseguiu beneficiar de uma corrida completamente caótica por parte das ciclistas holandesas e de excelentes pernas para resistir aos muitos ataques e sprintar para a vitória à frente de Chloé Dygert e Elisa Longo Borghini.

"É sobretudo um sentimento de incredulidade. Antes de mais, gostaria de apresentar as minhas condolências à família de Muriel Furrer", começou por dizer Kopecky na entrevista após a corrida. "O minuto de silêncio na linha de partida e as emoções de todas as ciclistas foram muito intensas. É terrível ver isso. Este é também um título para ela". A jovem suíça faleceu após uma queda na prova feminina de juniores no início da semana, o que lançou uma sombra negra sobre uma semana espetacular.

Hoje, a elite feminina também encontrou um mau tempo e, logo na primeira volta do difícil circuito, Kopecky estava na frente e tentou todas as manobras possíveis no dia. "Estava a chover muito e não estava calor. Ficámos com muito frio na descida. Três voltas antes do final estava a gelar. Tentei manter a cabeça fria". O mesmo aconteceu com outras ciclistas, mas nem todas o conseguiram fazer, com Katarzyna Niewiadoma a ser um caso claro de uma ciclista que simplesmente não teve pernas quando era realmente preciso ter.

Lotte Kopecky dedicou a vitória a Muriel Furrer, ciclista de 18 anos que faleceu ontem após queda no Campeonato do Mundo de júniores femininas.

Kopecky tinha uma colega de equipa no grupo de quatro que entrou na última volta na frente, mas o pelotão estava um minuto atrás. Kopecky acompanhou os ataques nas subidas íngremes mas na principal foi deixada para trás por Vollering, Longo Borghini e Lippert, que se juntaram a algumas das ciclistas da frente. "Nas subidas íngremes tive menos problemas, mas na subida mais longa tive dificuldade em seguir a Demi da última vez. Tentei manter o meu próprio ritmo e regressar. Foi especialmente difícil do ponto de vista mental. Tive de usar a minha energia no momento certo."

Foi um final difícil de gerir para a belga, que depois foi também ultrapassada por Chloé Dygert na perseguição. Mas as táticas utilizadas na frente permitiram-lhe voltar à frente da corrida e recuperar o suficiente para igualar o último conjunto de ataques nas pequenas subidas dos últimos quilómetros.

Com Demi Vollering a contra-atacar todas as manobras do grupo da frente, Kopecky conseguiu passar mais tempo do que o esperado na roda e chegou ao último quilómetro com o sprint em mente. "A ciclista australiana veio de trás e Vollering reagiu imediatamente. Esse cenário foi perfeito para mim". No final, foi a mais rápida do grupo e alcançou um grande objetivo para 2024.

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