Uma vitória a solo é, por si só, um feito memorável no ciclismo profissional. Mas consegui-lo numa corrida como a
Volta aos Alpes — com o seu perfil implacavelmente montanhoso — eleva o feito a outro patamar. Foi exatamente isso que
Marco Frigo alcançou esta quarta-feira, na terceira etapa da edição de 2025, somando a primeira vitória profissional da carreira de forma sensacional.
Representando a
Israel - Premier Tech, o italiano de 25 anos integrou uma fuga inicial composta por 21 ciclistas e escolheu atacar cedo, na primeira subida de categoria do dia, a Furkelpass. Lançou-se a solo a mais de 50 quilómetros da meta e nunca mais olhou para trás, resistindo aos esforços do grupo principal e dos favoritos à geral para assinar uma exibição memorável.
“Foi um dia ótimo. Sabíamos que hoje podia ser um dia para a fuga e prestámos atenção a isso. Felizmente, entrei num grupo grande, mas os grupos grandes podem ser um caos. Sabia que era provavelmente uma boa ideia fazer a seleção à distância”, explicou Frigo no comunicado de imprensa da equipa após a etapa.
Inicialmente, o italiano nem acreditava que pudesse vencer. “Os ataques foram para testar as pernas, porque estou aqui nesta corrida também para preparação. Não acreditei logo, mas quando vi que a diferença aumentava, dei tudo.”
Frigo recordou ainda uma situação semelhante na Volta a Espanha de 2023, onde ficou em segundo lugar após um ataque semelhante: “Lembrei-me do que aconteceu na Vuelta do ano passado, quando o Ben O’Connor atacou de longe e conseguiu chegar à meta. Hoje senti que tinha boas pernas e corri ao meu ritmo. Esta é a minha primeira vitória como profissional, fiz à minha maneira — sozinho — e por isso estou muito feliz.”
A exibição de Frigo não só lhe rendeu o triunfo na etapa como também um lugar de destaque numa semana que continua a oferecer espectáculo nos Alpes.