Mark Cavendish recordou a noite de terror que viveu em 2021: "Tinha uma faca na garganta à frente da minha mulher e do meu filho"

terça-feira, 14 janeiro 2025 a 20:00

Um dos velocistas mais bem sucedido da história do ciclismo, Mark Cavendish pôs fim à sua carreira profissional no final da época de 2024. Embora os seus sucessos lhe tenham trazido fama e dinheiro, "Cav" conheceu o lado negro da fama há 3 anos atrás, num episódio que agora recordou com mais pormenores.

Em novembro de 2021, o britânico foi vítima de um assalto à mão armada na sua casa em Essex. Alguns homens mascarados entraram na casa de Cavendish de facas em punho, enquanto Mark, a sua esposa Peta e seu filho Casper dormiam. Embora Cavendish tenha ficado sem dois relógios Richard Mille, no valor de 900.000 euros, bem como um telemóvel e uma mala Louis Vuitton, foi a violência do incidente que ainda hoje está presente na memória dele.

"Tenho flashbacks a toda a hora. Tive uma faca apontada à ater feito de forma diferente. Toda a gente pensa: 'Eu lutaria'. Naquele momento eu estava naquela... Mas digo-vos, quando alguém tem uma faca apontada ao pescoço, não pode fazer nada. A minha mulher estava lá, o meu filho estava lá. Eu não podia fazer nada".

"Para ser justo, tenho sorte porque estava lá. Estou mais feliz por lá estar do que se tivesse acontecido à Peta e aos miúdos se eu estivesse fora. Nunca me teria perdoado", continua. "Estavam à procura de um relógio em particular que nem sequer me pertencia. Eu tinha-o pedido emprestado para alguma coisa. Para os prémios GQ ou assim e depois devolvia-o."

Desde esse dia, três dos assaltantes à mão armada foram condenados, embora um deles continue a monte. De acordo com Cavendish, algumas das reacções na Internet deixaram-no um bocado desiludido: "Isso também foi difícil. Difamaram-me por ter relógios caros", explica. "Em primeiro lugar, a Richard Mille é um parceiro. Um dos parceiros que me apoiou a nível pessoal quando eu estava no meu ponto mais baixo. Em segundo lugar, viram hoje de onde é que eu vim, sabem? Fiz tudo sozinho. Paguei sempre os meus impostos. Mesmo que tivesse sido eu a comprar o relógio, como é que posso ser vilipendiado por isso? Porque é que não hei-de ser?", conclui o Manx Missile.