Mathias Vacek voltou a mostrar porque é um dos nomes mais promissores do pelotão internacional e uma das grandes armas da
Lidl-Trek neste Giro d’Italia 2025. Depois de dias notáveis a apoiar Mads Pedersen, o jovem checo de 21 anos foi protagonista na etapa 9, uma verdadeira “mini Strade Bianche” com final em Siena, onde se sacrificou para ajudar Giulio Ciccone a ganhar tempo na luta pela classificação geral.
“Estava a sentir-me muito bem. No segundo sector, com a queda, fiquei no grupo de trás. Tive de recuperar e recomeçar, mas tive a informação de que o Cicco também tinha caído”, revelou Vacek à Cyclingnews.
Apesar de ter perdido terreno no dia anterior e ter visto as suas próprias aspirações à Camisola Rosa ficarem comprometidas, Vacek demonstrou que está longe de acusar fadiga. Com a corrida a ficar partida em vários grupos nos sectores de gravilha, o checo foi crucial para manter a Lidl-Trek em destaque, fazendo um trabalho solitário para tentar anular a diferença para a frente da corrida.
“Eu só queria ir, porque sabia que se chegasse à frente o mais rápido possível, poderia recuperar, talvez ficar com eles, mas hesitei um pouco entre esperar pelo Cicco e seguir em frente.”
Essa hesitação, admitida com franqueza, foi decisiva. Já nos quilómetros finais, Vacek teve que enfrentar os ataques de Isaac del Toro e Wout van Aert, com quem seguia nos últimos sectores, acabando por se juntar ao grupo de Juan Ayuso, onde se pôs de imediato ao serviço da equipa.
“O Del Toro começou a atacar demasiado no último sector e eu fiquei para trás com o Bernal.”
Mas a missão ainda não tinha terminado. No grupo de Ayuso, Vacek entregou-se por completo ao trabalho ao lado da UAE para ajudar Giulio Ciccone, ajudando o italiano a ganhar alguns segundos preciosos a Primoz Roglic, num dia onde muitos favoritos tiveram problemas.
“Depois estava a pressionar o Cicco para que andasse a todo o gás, para ele abrir o máximo de vantagem sobre o Roglic. Mesmo assim, foi um bom trabalho.”