Mathias Vacek teve um papel fundamental em mais um dia de sonho para a
Lidl-Trek na Volta à Itália, contribuindo decisivamente para a segunda vitória de etapa de
Mads Pedersen em apenas três dias. Numa jornada exigente, com cerca de 3.000 metros de desnível acumulado, a actuação sólida do checo foi determinante no controlo do pelotão, permitindo ao seu sprinter vencer num final reduzido. Como prémio adicional, Vacek assumiu a liderança da classificação da juventude e vestiu a Camisola Branca.
À chegada, em declarações à
Cycling Pro Net, Vacek mostrou-se satisfeito com o momento que a equipa atravessa. “Ganhámos duas das três etapas iniciais e o Giro ainda é muito longo, por isso espero que possamos continuar assim. Até agora, está tudo a correr muito bem.”
“Voltámos a executar o plano na perfeição e todos trabalharam muito. Tenho de agradecer a toda a equipa e ao Mads, que finalizou da melhor forma. Foi uma exibição colectiva exemplar.”
A etapa, marcada por terreno irregular e subidas prolongadas, obrigou a equipa a assumir cedo a responsabilidade. Vacek explicou a abordagem táctica do dia: “Sabíamos que ia ser um dia duro, com muito acumulado. Controlámos desde início, como na primeira etapa, mantendo o ritmo estável nas subidas para que o Mads não ficasse isolado.”
A fuga contou com nomes como Fortunato e Bais, mas a Lidl-Trek manteve-os sempre sob controlo. “Eles passaram na subida, mas sabíamos que com vento de frente e ainda 40 km por disputar, não havia grande risco. Agora, se fossem homens da geral, como Ayuso ou Yates, aí sim o Chico — pelo menos ele — devia seguir, e eu também.”
O plano resultou. Pedersen estava forte, a equipa protegeu-o bem e a vitória surgiu com naturalidade. Ainda assim, Vacek não foi apenas gregário de luxo, mostrando excelentes sinais de forma pessoal, nomeadamente nas subidas, o que levanta a possibilidade de ambições próprias nos próximos dias.
“As pernas estão muito boas”, confirmou o checo. “O foco nestas primeiras etapas era dar tudo pelo Mads, garantir vitórias e a Camisola Rosa, o que conseguimos. Já falámos entre nós e, certamente, também terei liberdade para tentar a minha própria vitória numa etapa mais adiante.”
“Estamos todos muito contentes com o que conseguimos. Ver um colega de equipa vencer é sempre especial, independentemente de quem cruza a meta em primeiro. Mas sim, também quero a minha oportunidade.”