Mathias Vacek, da
Lidl-Trek, continua a ser um surpreendente líder da classificação geral da
Volta à Comunidade Valenciana deste ano. Graças a um espetacular desempenho da equipa no contrarrelógio por equipas no dia de abertura, o ciclista checo tinha uma posição confortável à entrada para a etapa rainha de hoje e no final do dia conseguiu segurá-la por apenas 2 segundos.
"Sabíamos que eu tinha de ir fundo hoje, muito a fundo mesmo, para manter a camisola ou pelo menos tentar manter a diferença o mais pequena possível e no final consegui mantê-la por apenas alguns segundos. Era esse o objetivo do dia e a equipa fez um excelente trabalho para me manter em boa posição e a puxar durante todo o dia. Estou muito contente por conseguirmos manter a camisola da liderança na equipa e por ainda termos muita motivação para os próximos dias de corrida. É uma sensação muito boa vê-los fazer isto por mim", disse ele em uma
reação após a corrida.
Vacek, apesar de ser um exclente ciclista polivalente, sabia que não iria conseguir igualar Bilbao, Almeida ou Buitrago quando a subida se tornou muito íngreme, mas não entrou em pânico e manteve o seu ritmo com confiança. "Estava confiante antes da etapa, sabia que podia fazer um bom esforço, apesar da subida ser muito íngreme. Tentei manter o meu ritmo e não seguir demasiado os ataques nos últimos quilómetros, porque isso é que me teria colocado em dificuldades."
Amanhã outro teste à liderança
Apesar da batalha de hoje ser uma vitória para Vacek, a guerra ainda não terminou, porque a etapa de amanhã vai colocar outro duro teste ao checo de 22 anos, na subida decisiva para El Remedio (7,9 km a 6,5%) a pouco mais de 20 quilómetros da meta. E depois da subida, a corrida não se tornará mais fácil, com estradas ondulantes até perto do quilometro final, onde enfrentarão a ultima subida do dia (1,2km a 7%) que os guiará até à meta.
"Claro que o objetivo é manter a camisola de líder durante o máximo de tempo possível e continuar com o incrível trabalho de equipa. Fiquei muito contente por ter uma diferença como a que tivemos depois do contrarrelógio por equipas de ontem, porque nos ajudou muito. Vamos dar o nosso melhor nas próximas etapas e tentar ajudar-nos uns aos outros como equipa. Até agora, o ambiente entre nós é óptimo, a equipa está a trabalhar muito bem, por isso estou confiante para as próximas etapas."
"É bom ver que todo o trabalho que fiz está a dar frutos e isso está a aparecer nas corridas. Não quero estar demasiado confiante para a época, mas se tudo correr como planeado e eu tiver um pouco de sorte, os bons resultados vão continuar a aparecer", conclui. Vacek mostrou-se forte nas clássicas empedradas na primavera passada, bem como nos contrarrelógios, quando ainda estamos para ver quais são os seus verdadeiros limites.