Mathieu van der Poel irá assumir um papel diferente no Tour de 2025: "Guardo a memória da Mur-de-Bretagne de 2021 e continuo motivado para ganhar mais etapas"

Mathieu van der Poel já passou bons momentos na Volta a França, atingindo o climax em 2021 quando venceu a 2ª etapa e conquistou a camisola amarela. Desde então, ele nunca pareceu estar no seu melhor na Grand Boucle, trabalhando essencialmente como lançador de Jasper Philipsen para os sprints. Este ano MvdP diz que as coisas irão mudar.

"Não é que eu não goste do Tour, mas prefiro outras corridas. Guardo com carinho a memória da Mûr-de-Bretagne em 2021 e continuo motivado para ganhar mais etapas. Este ano há algumas oportunidades na primeira semana", disse o Campeão do Mundo de ciclocrosse e de gravel ao Het Laatste Nieuws.

Havia sérias dúvidas sobre se o holandês de 30 anos participaria na Volta a França este ano, uma vez que o percurso e a forma de correr no Tour são completamente diferentes das clássicas empedradas e das corridas de um dia.

Com as clássicas da primavera e o Campeonato do Mundo de BTT a aproximarem-se e com uma possível estreia na Volta a Espanha em cima da mesa, só uma primeira semana com quatro finais de etapa ao seu jeito o convenceram a mudar de planos. É um percurso perfeitamente adequado para o holandês voltar a vencer nos primeiros dias da corrida, ao lado de ciclistas como Wout van Aert, Thibau Nys, Mads Pedersen e Tadej Pogacar.

O seu patrão na Alpecin-Deucenick já tinha afirmado. "Quem é que não prefere ir ao Tour? Claro que um Giro ou uma Vuelta são mais tranquilos. Mas o Tour é a maior das três, uma vitória numa etapa tem mais impacto do que em Itália ou Espanha. A organização também beneficia do facto de ter atletas de topo como o Mathieu presentes à partida e com ambições", explica. "Nesse sentido, há várias etapas que são atractivas e se enquadram perfeitamente no seu perfil"

"Se o Mathieu fez uma boa época até à data, isso só pode proporcionar muita motivação e divertimento. Porque toda a gente sabe o quanto ele gosta de ciclismo de montanha. Também é importante por causa de Los Angeles 2028. Os Jogos parecem estar longe, mas na sua essência não estão. Não se deve começar a prepará-los em 2027".

Leia também

Pablo Torres sobre as expectativas que recaem nos seus ombros: "Algumas pessoas gostariam que eu ganhasse 10 corridas este ano, mas esse não é o meu objectivo"

A Q36.5 continua à espera de um wildcard do Giro para ajustar o calendário de uma das suas estrelas: "Temos de fazer escolhas e arranjar tempo para treinar também"