A ciclista australiana Matilda Raynolds estava a jantar em Bruxelas quando recebeu uma mensagem de texto. A
Lotto Belgium Tour, uma corrida de cinco dias com algumas das subidas mais emblemáticas do país, foi cancelada a quatro dias do início. Raynolds tinha feito a viagem da Austrália a expensas próprias para participar na corrida belga.
"A maior parte das minhas corridas deste ano foram para treinar para a Volta à Bélgica, o meu principal objetivo. Era a minha melhor oportunidade para obter alguns resultados", diz Raynolds, que recusou vagas noutras equipas para passar oito semanas na Bélgica. "O ciclismo é assim. É um desporto tão bonito e tão fodido. Quando é bom, é tão bom. E quando é mau, é tão mau."
"É claro que os ciclistas ficaram desapontados", diz Bruno Savona, diretor de patrocínio da Lidl-Trek, que venceu a corrida com Elisa Longo-Borghini em 2022, no artigo da Cyclist. "Não é bom para os ciclistas aguentarem isto. Não é bom para ninguém".
"Foi uma combinação da falta de receitas de patrocínios com o facto de o financiamento das autoridades locais ser mais difícil do que nunca de obter", afirma Peter Hodges, da organização SweetSpot. "Foi uma redução do financiamento que não pôde ser colmatada antes de ficarmos sem tempo."