Matteo Trentin fala da Tudor, da UAE e das chegadas de Marc Hirschi e Alaphilippe: "Os rapazes acreditam realmente neste projeto"

A Tudor Pro Cycling Team tem como principal objectivo chegar ao World Tour após o próximo ciclo de licenças UCI. Matteo Trentin acompanha o projeto há um ano e teve a oportunidade de testemunhar em primeira mão os progressos da equipa suíça.

"A Tudor deu um grande passo em frente", explica ele à Bici.PRO. "Não de um ponto de vista de vitórias, porque só ganhámos mais duas corridas do que em 2023. Mas conseguimos dois sucessos em provas do World Tour: na Paris-Nice e na Volta à Romandia."

Para o veterano ciclista italiano, este foi o primeiro ano a nível profissional em que não correu por uma equipa World Tour: terá encontrado alguma diferença? "Nem por isso. Em termos de calendário é um pouco mais difícil, porque precisamos de esperar pelos convites. Este ano não fizemos a Paris-Roubaix nem a Volta a França, mas mesmo que estivesse UAE Team Emirates não seria certo que participasse em determinadas corridas, dada a grande seleção que eles têm. Fiz mais ou menos as mesmas corridas que em 2023, mas a minha forma de pedalar mudou um pouco".

"Na Emirates quando Pogacar estava numa corrida, a equipa pedalava para ele", explica Trentin. "Eventualmente na Tudor, durante o Giro, trabalhámos para o Dainese nas etapas planas e para o Storer nas etapas de montanha. Nas duas etapas em que tive mais liberdade, tentei estar na fuga para aproveitar as minhas oportunidades."

Para o próximo ano a Tudor vai reforçar-se significativamente com as chegadas de Marc Hirschi e Julian Alaphilippe. "Penso que é fantástico que dois ciclistas deste calibre venham correr para uma equipa ProTour, o que significa que acreditam realmente no projeto."

Ambos são antigos companheiros de equipa de Trentin. "Ele (Hirschi) vai encontrar mais espaço connosco e terá a equipa mais à sua disposição do que na UAE. Mesmo sem Pogacar, continua a ser uma equipa cheia de campeões, onde há uma grande batalha para determinar quem é o número dois."

Trentin também espera que Alaphilippe possa recuperar a sua antiga forma num novo ambiente. "O Alaphilippe mostrou que está a recuperar depois de duas épocas complicadas. Este ano conseguiu voltar a ganhar, como na Volta a Itália. Ele vai estar numa equipa onde terão muita confiança nele e isso vai ajudá-lo muito, na minha opinião."

Leia também

José De Cauwer tira o chapéu à carreira de Mark Cavendish: "Posicionava-se como ninguém e não tinha medo de arriscar. Foi o melhor velocista de todos os tempos"

A INEOS Grenadiers oficializou a parceria com uma equipa continental alemã, que será a sua equipa de desenvolvimento