José De Cauwer tira o chapéu à carreira de Mark Cavendish: "Posicionava-se como ninguém e não tinha medo de arriscar. Foi o melhor velocista de todos os tempos"

No passado fim de semana caiu o pano sobre a carreira do ciclista britânico Mark Cavendish, uma referencia dos sprints, com o manxman de 39 anos a conquistar a vitória na sua última corrida como profissional no Criterium da Volta a França realizado em Singapura.

Desde então, os fãs, os ciclistas e os especialistas têm elogiado e contado histórias sobre a carreira de Cavendish e Jose de Cauwer, do Sporza, também falou sobre ele. "É claro que podemos olhar para a história, mas temos de concluir que ele foi o melhor velocista de todos os tempos", avalia o especialista belga. "Foi óptimo ele ter batido o recorde de Merckx no Tour, mas ainda me senti mal por causa da forte queda que teve o Mads Pedersen. Mas ele merece-o e mereceu esse recorde. Foram muitas as vezes que ele se lesionou de forma grave, mas regressava sempre a um nível elevado".

Com 165 vitórias ao longo da sua carreira, incluindo 35 etapas na Volta a França, 17 etapas na Volta a Itália, 3 etapas na Volta a Espanha, um título no Campeonato do Mundo de estrada, uma vitória num monumento, Milan-Sanremo e muito, muito mais, a maior força de Cavendish residia no seu posicionamento, de acordo com De Cauwer.

"Cavendish conseguia posicionar-se como ninguém e também não se importava de arriscar. Isso é vantajoso num sprint compacto. Especialmente aos 39 anos, um sprinter tem de arriscar de vez em quando. Por vezes o seu estilo de corrida era um pouco exagerado, mas ele é uma pessoa emotiva. Durante a corrida, mas também depois dela. Deu muita cor ás corridas".

"Cavendish fez-nos perceber novamente a importância de uma boa saída nos sprints. Depois do incidente com o Andre Greipel no início da sua carreira, ele teve sempre as melhores saídas. O Mark Renshaw e mais tarde o Michael Morkov faziam um grande trabalho e ele beneficiou muito com isso. Mas ele era simplesmente o homem mais rápido."