McNulty entra na Volta à Itália com ambição serena: “Quero ser consistente e crescer”

Ciclismo
quarta-feira, 07 maio 2025 a 19:00
brandonmcnulty
Aos 27 anos, Brandon McNulty está a entrar na fase mais produtiva da sua carreira. O norte-americano, há muito uma peça importante na UAE Team Emirates - XRG, tem evoluído de forma consistente nas últimas temporadas e espera continuar essa trajetória na Volta à Itália 2025, onde parte com ambições mais moderadas, mas bem definidas.
"O Brandon é um ciclista fantástico. Tem capacidade para vencer, mas também é um dos melhores companheiros de equipa que se pode ter", afirmou Joxean Matxin, responsável máximo da equipa dos Emirados Árabes Unidos, em declarações ao Cycling News. "Em anos anteriores, foi ao Giro com objetivos na classificação geral e mostrou até onde conseguia chegar. Este ano, o foco é aproveitar a corrida, desfrutar do ciclismo e reduzir a pressão."
McNulty, que já soma uma vitória de etapa na Corsa Rosa, reconhece que a consistência é a chave do seu crescimento: "Quando era mais novo, participava em alguns campos de férias e, como não sabia melhor, comparava-me constantemente aos outros. Mas aprendi, especialmente nos últimos tempos, que a consistência é o caminho para mim. É assim que funciono."
O americano valoriza ambientes que promovem estabilidade e rendimento sustentado: "Estar confortável leva-me a dar o meu melhor. Quando encontro algo que funciona e onde me sinto bem, consigo crescer naturalmente. Ao contrário de algumas pessoas que prosperam com o desconforto e as mudanças, eu prefiro um ambiente onde me sinta em casa e onde seja possível trabalhar com clareza para alcançar melhorias."
Como parte da nova geração de talentos norte-americanos, McNulty é hoje uma das referências do ciclismo dos EUA, mesmo que ainda não se veja totalmente nesse papel. "Sinto que ainda sou jovem, mas ao mesmo tempo, agora já sou dos mais velhos", brinca. "Acho que o Sepp Kuss é o nosso verdadeiro líder, e eu estou lá também, mas continuo a sentir-me como um miúdo, de certa forma."
O ano passado marcou uma viragem na carreira do ciclista: "Foi o melhor ano que tive até hoje", admite. "Não se tratou apenas de um resultado de destaque no Giro, mas de consolidar a ideia de que consigo ser consistente ao longo de toda a época. Mesmo sem vitórias ou pódios, provar a mim próprio que consigo estar num bom nível de janeiro a outubro foi um passo importante."
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